Aos colegas do USINA
maria da graça almeida
Aceitem-me como sou, com todas minhas falhas que não poucas, são várias.
Os pensamentos na lua de todos me distanciam.
O corpo ao sabor das intempéries interiores minha cabeça esvazia.
E assim sigo esquecida, emotiva, sensível, gotejante, distraída, com a vida comovida;
a mente confusa, as mãos desorganizadas.
Perdoem meus deslizes, pois sob o péssimo jeito, atrás dos visíveis defeitos esconde-se,
creiam, a alma solidária. E solitária.
Se textos reenvio, não se zanguem, se escritos não reviso, não se aborreçam...
talvez, num dia lá adiante se lembrarão que dentro da má condução
e da constante desconcentração sempre houve uma emoção
bem intencionada, e, sobretudo, a alguém direcionada, com recados sutis.
Uma tentativa nem sempre feliz de indicar os supostos benefícios
de uma velha trilha vivenciada e conhecida.
Perdoem-me se não comentei, não respondi, não opinei, o alumbramento me põe muda
e a tecla vagabunda atreve-se a me desobedecer.
Quantas vezes adormeci, relendo poemas seus. E sabemos, apenas Deus e eu,
o tamanho da alegria e do prazer que me preencheram, no entanto não me dispus a dizer,
pois que apenas um elogio não traduziria o êxtase experimentado,
nem dimensionaria a maravilha das letras daqueles que definitivamente me seduziram.
Obrigada pela companhia.
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