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Infantil-->O anão de Volkringhausen e a pastorinha -- 03/07/2001 - 17:33 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foco no Absoluto. Focus sullo Assoluto.

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O anão de Volkringhausen e a pastorinha
Há uma caverna entre Binolen e Volkringhausen. Lá, há tempos vive um anão a quem uma pastorinha de Volkringhausen agrada muito. Uma vez a menina achou delicado martelo na subida da montanha. Então, supondo que ele fosse de um anão, deixou a ferramenta na entrada da caverna. Quando a menina se virou topou repentinamente com o anão, o qual já a observava em silêncio, furtivamente. Ele agradeceu à honesta descobridora e lhe deu um par de sapatos com fivelas prateadas. A pequena serva ficou tão surpresa que esqueceu completamente de agradecer ao homenzinho. E quando se lembrou disto, o anão tinha desaparecido. Então, amarrou um buquê de sempre-vivas, de anjuba e mil-em-rama, deixando-o no chão em frente à caverna e pastoreou o rebanho para casa.
Na outra manhã, quando a pastora estava assentada sobre uma pedra, de onde ela poderia melhor supervisionar seu rebanho e de onde gostava de cantar suas alegres canções, eis que surge o anão, novamente, como que admirando nuvens, em frente a ela. Ele presenteou-a com rico colar de prata e disse:
— Você é boa menina. Traga-me um buquê em todos os verões, como você fez ontem, e vou lhe recompensar por isso. Porém você deverá colocar o viçoso buquê de flores debaixo do espinho da roseira que fica lá na pedra.
Então, a pastorinha cumpriu anualmente o modesto desejo do anão: colhia sempre-vivas e anjubas na colina e mil-em-rama no vale, fazia o buquê e deixava-o no lugar correto. E, por isso, tinha sempre a sua paga. Mas depois de sete anos, como a menina tinha crescido e se tornado linda virgem, ela pediu ao anão, impetuosamente, para levá-la ao reino dos anões e mostrar-lhe o lugar da sua morada. O bom anão estava muito preocupado e lhe advertiu vigorosamente, dizendo:
— Moça, desista desse desejo, do contrário serás muito infeliz.
Mas, a moça insistiu no seu desejo, pois seu coração estava maravilhado pelo tesouro. Então, ele tomou um cachinho de teixo e colocou-o nos cabelos dela, a fim de que ela não se esquecesse da sua terra natal, bafejou nos seus olhos, também, para que a luz subterrânea não a prejudicasse, e subiu a montanha. A moça ainda olhou-se mais uma vez, deixou para trás seu rebanho e o seguiu.
Quando a pastora ia passos largos por reluzente portão de cristal da montanha, ficou toda seduzida pela magia do submundo dos criminosos. Ficou estesiomaníaca por ver tanto esplendor e glória. Muda, ela seguia seu líder que caminhava mais adiante e sem parar. E ela viu também o rei dos anões que se sentava no trono de ouro e púrpura. Quando, finalmente, chegou a um pequeno lago que refletia mil luzes coloridas, ela viu sua própria imagem na água. E quando viu o cacho de teixo no cabelo, lembrou-se da mãe em casa, dos brinquedos confiáveis e do prado no vale. E desejou deixar o submundo, de forma que pudesse estar novamente entre pessoas.
E ela foi levada de volta e viu logo novamente luz do Sol e lá, na colina, ficou de pé onde o espinho da roseira, normalmente, se esverdeava. Mas o espinho não estava mais na pedra e os arbustos que cresciam na montanha ficaram com seus troncos mais longos e suas coroas mais vastas. E do rebanho não se podia mais encontrar nenhum animal.
Então, a pastorinha, como num sonho, acreditou que estava em terra estrangeira. Correu para o vale e viu a casa de sua mãe. À tardinha, durante o crepúsculo, as casas da aldeia ficavam numa paz silenciosa, mas, em vez disso, justo onde morava sua mãe, ela deparou-se com paredes em ruína, e uma frágil amoreira se estendia por cima delas. Só a velha pereira e o largo banco de pedra estavam inalterados. Quando se assentou no banco, a moça juntou suas mãos para o alto e clamava. Seus vizinhos vieram e lhe perguntaram o que desejava; mas eles eram todos estranhos e desconhecidos.
Quando ela lhes disse seu nome e contou que havia subido a montanha pela manhã e, depois de poucas horas, encontrou tudo modificado, apareceu uma velha senhora que abraçou a chorosa moça e disse:
— Moça, moça, o que aconteceu com você? Por muitos anos você desapareceu, e todos procuraram por você em vão. Sua mãe morreu e já faz muitos anos que sua casa pegou fogo, seus irmãos e irmãs mudaram para longe e ninguém sabe para onde.
Então, a pequena serva desejou que seu coração se despedaçasse, e morreu, de tanta tristeza.

































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