Usina de Letras
Usina de Letras
45 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62253 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10374)

Erótico (13571)

Frases (50645)

Humor (20034)

Infantil (5443)

Infanto Juvenil (4773)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140812)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6200)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Iraque: valeu a pena? -- 28/10/2003 - 10:43 ( Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Iraque: valeu a pena?



A segunda guerra do Iraque aconteceu há quase seis meses e ainda que esse tempo seja insuficiente para que possa ser feita uma análise mais histórica da situação, não há nada que impeça uma análise um pouco mais distanciada do calor provocado pelos acirrados debates a respeito da guerra.



Há seis meses o mundo se dividiu entre os favoráveis e os contrários a ação americana no Iraque. Os pacifistas pediam mais multilateralismo dos EUA e que os norte-americanos dessem mais tempo para os inspetores da ONU. Rússia, Alemanha e França conseguiram paralisar a ONU e obrigaram os EUA a agir sem o consentimento das Nações Unidas.



Os analistas políticos esperavam um novo Vietnam. As previsões sobre a guerra eram catastróficas. Fala-se que a batalha pela tomada de Bagdá seria tão sangrenta quanto a batalha de Stanlingrado. Hoje todos sabem que nada disso aconteceu. O exército iraquiano sucumbiu facilmente frente ao poderio americano. O ministro da Informação iraquiano entrou para a história como um mentiroso de carteirinha.



Era de se esperar que a opinião pública tivesse mudado, mas não foi o que aconteceu. Os EUA ainda sofrem uma pequena resistência vinda de grupos ligados ao ditador destronado Saddam Hussein e de terroristas que encontraram um campo de batalha, onde possam se matar, de preferência levando alguns infiéis.



Ainda que o número de baixas provocado por esses atentados terroristas e atos de guerrilha seja pequeno, a mídia parece fazer questão de amplificá-lo. A morte de um soldado americano tem um peso esmagador. Seria o sinal do fracasso americano, o sinal da revolta iraquiana contra os "invasores". È essa a imagem que grande parte da imprensa quer passar, que os EUA fracassaram.



Não é o que parece pensar a maioria da população iraquiana. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, 62% dos iraquianos acham que a derrubada de Saddam Hussein valeu qualquer sacrifício no curto prazo, enquanto 67% acham que o Iraque será um país melhor daqui a cinco anos.



Também não custa lembrar que dos 55 mais procurados, 40 já foram presos ou mortos, incluindo os dois filhos de Saddam. A morte dos dois foi festejada pela esmagadora maioria dos iraquianos. Tamanho era o medo que a população iraquiana tinha em relação aos dois que só acreditaram que eles estavam mortos depois de os americanos terem exibido os cadáveres dos herdeiros de Saddam. Existem rumores de que o próprio ditador estaria negociando um acordo com os americanos para se exilar na Bielo-Rússia. Seria a capitulação de Saddam.



Talvez sejam verdadeiras as críticas ao planejamento pós-guerra dos americanos. Talvez se os americanos tivessem planejado melhor, a ameaça terrorista seria menor, mas, por outro lado, não seria crível esperar que os americanos não sofressem resistência alguma. Nunca se achou que seria fácil e que sacrifícios não seriam feitos.



Os pacifistas também argumentam que as armas de destruição em massa não foram encontradas, logo não existem. Eles ainda afirmam que tanto EUA quanto Inglaterra teriam aumentado o perigo iraquiano, de modo a convencer a população mundial. Ora, sem querer parecer hipócrita, Bush e Blair são políticos, portanto usam as armas da retórica. Pode ser que eles tenham exagerado sim, (Lula, antes de ser eleito, afirmava que existiam 55 milhões de miseráveis no Brasil, que romperia com FMI e outras maluquices e nem por isso sofre a condenação da imprensa.) mas não mentiram.



A resolução n° 1441 da ONU, aprovada há cerca de um ano por unanimidade, ordenava ao Iraque que ou se desarmava ou sofreria sérias conseqüências. Ora, só se pode desarmar quem está armado. Onde estariam então essas armas? Não sei, podem estar dentro do próprio Iraque, podem estar em outros países, como a Síria, que receberiam o presente iraquiano de braços abertos, podem estar com o Al Quaeda. O fato é que nunca houve dúvida de que elas existiam e de que continuavam existindo até o início da guerra.



A ONU, que desmoraliza a si mesma não cumprindo suas próprias resoluções, está cada vez mais inepta. O prédio da representação das Nações Unidas em Bagdá sofreu um grave atentado que causou a morte do brasileiro Sérgio Viera de Mello, representante máximo da ONU no Iraque. Tal atentado visou especificamente a ONU, demonstrando que para os terroristas eles são inimigos assim como os americanos também são. Porém o que as Nações Unidas fizeram frente a maior agressão sofrida em sua história? Nada, a não ser culpar os EUA.



Para aqueles que eram contrários à guerra, nunca é demais lembrar a situação de opressão vivida pela população iraquiana. Saddam matou cerca de 300 mil civis de sua própria população. Guerreou com o Irã por oito anos. Invadiu o Kuwait. Não havia nenhuma perspectiva de que deixasse o poder, a não ser quando morresse e fosse sucedido pelo filho mais novo, tão cruel quanto o pai. O Iraque sofria um pesado embargo econômico imposto pela ONU que trazia o empobrecimento da população.



Frente à situação vivida pelo Iraque, só havia três opções. A primeira era continuar, sabe-se lá até quando, com o embargo econômico. Isso só iria ser ruim para o povo iraquiano, já que quem estava no poder nadava em dinheiro. A segunda era suspender o embargo. Mas isso só iria dar condições para que Saddam construísse o exército de seus sonhos. A terceira era fazer a guerra e tirá-lo do poder. Qualquer pessoa de bom senso compreende que a essa era a única opção de verdade.



Existem ainda os efeitos colaterais benéficos da guerra. O poder da OPEP diminui e é provável que no longo prazo o preço do petróleo caia. Isso, além de possibilitar um maior crescimento econômico mundial, também tem outra vantagem. A fonte que financia os terroristas irá diminuir, tornando o trabalho de Osama Bin Laden muito mais difícil. A guerra também possibilitou aos americanos retirarem suas tropas da Arábia Saudita, desculpa favorita dos terroristas muçulmanos para matar infiéis.









Marcelo Moura Coelho

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui