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Artigos-->Um Dia da Caça -- 27/10/2003 - 12:27 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




...e outro do Caçador.

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Segunda-feira atípica, na capital do Brasil. Feriado antecipado para as comemorações do Dia do Servidor Público; que se comemoraria, na realidade, amanhã, dia 28.



Mais um erro impensado e inócuo do atual governo. Não há o que comemorar. Pelo menos da parte dos servidores. O governo do PT, infelizmente, optou pela infidelidade eleitoral.



As luzes dos holofotes da fama e do poder parece que encandearam o nosso presidente. Que só tem usado óculos escuros para as reuniões com o FMI e com os agiotas internacionais.



Um por cento de reajuste. Em flagrante desrespeito a Constituição Federal, posto que abrange, também, parcela de servidores que obtiveram, na gestão anterior, aumentos maiores, quebrando a linearidade inserta no Texto Maior. E tem mais: 4,4% é a previsão para 2004. Com 0,33% de estimativa de ganho real para o funcionalismo. Na verdade, mero exercício de ficção. Não se levou em conta a Tabela do Imposto de Renda, que e não foi (e nem será) corrigida. O que aumenta, consideravelmente, as perdas salariais decorrentes do aumento indireto de impostos.



A Administração Pública foi arrasada nestes últimos anos. O bombardeio começou no governo passado; governo subserviente aos ditames do capital estrangeiro. Capital especulativo e sem riscos. Dinheiro ganho às custas de boatos e de pressões infundadas sobre o risco-Brasil. Jogo financeiro que o Lula, quem diria, resolveu compartilhar, apesar de saber das suas desvantagens para o Brasil e para a grande maioria da população.



Jogo que o ex-companheiro de lutas está seguindo à risca, jogando todas as suas fichas, a ponto de ser criticado até por Fernando Henrique; que não ousou tanto. E, ainda assim, deve estar arrependido pela absoluta falta de resultados positivos na relação custo-benefício.



Enquanto isso, o improviso tem sido a tônica deste governo, arredio à função de planejamento. Dobrou-se o número de ministérios para acolher os amigos do rei. Houve época em que a Administração Pública funcionava, e bem, com apenas 14 Pastas. Hoje são mais de trinta, e nada funciona. O desperdício de recursos campeia por todos os lados e ralos.



Não há coordenação. Não um plano de metas a ser seguido. Não há interação entre os órgãos. Faltam objetivos claros e consistentes. Sobram problemas e desperdício de tempo e de recursos. Ninguém se entende. Não há governo. Há um ajuntamento de pessoas, que não sabem, a rigor, para onde vão. Perdidos, totalmente. Não havia luz e, agora, nem há mais o túnel. A escuridão e a lentidão tomou conta do governo, que tenta sobreviver às custas de promessas, bravatas e metáforas.



Não se faz outra coisa a não ser prometer e ler pautas e mais pautas de discursos bem elaborados. Discursos utópicos. Irreais. Por vezes, ingênuos.



Triste da nação que não respeita seus servidores. A força de trabalho que leva adiante as diretrizes preconizadas pelo Governo Central.



Como bem lembrou o colunista Rubem Azevedo Lima do Correio Braziliense desta data: “A história é uma coleção de bons e maus exemplos. Acha´se, às vezes, que o erro, no passado, possa tornar-se acerto no presente, o vice-versa. (...) é bom que os governantes conheçam os resultados históricos de certas decisões. No caso dos salários, base de cálculo da nova Previdência, a história não ampara os argumentos contidos na lição de casa prescrita pelo FMI. (...) os mentores do PT não devem ter lido o ensaio de Marx à Guerra civil na França, de 18970-71, nem o prefácio escrito por Engels. Conta-se ali que os revolucionários da Comuna de Paris, contra o governo Thiers - deposto Luiz Bonaparte, após o fracasso de seu ataque militar à Alemanha e proclamada a República -, fixaram limites salariais baixos a seus funcionários, iguais aos dos traalhadores mal pagos. Os alemães ajudaram Thiers a enfrentar os revoltosos, libertando tropas francesas aprisionadas. Divididos entre proudhonistas e blanquistas, a insatisfação minou o ânimo dos rebeldes, que foram batidos sangrentamente. Para Engels, deu-se tal derrota ao fato de não terem eles ocupado antes o Banco da França. Erro grave, a seu ver. Mas Engel ignorou o próprio apoio à solução salarial, que abalara a coesão interna da revolta e inviabilizara a conquista de novas adesões. ”



E conclui o colunista: “Outra experiência foi a da URSS, que dominava a banca estatal, mas se desfez como sorvete, em 1989, sob a corrupção reinante no serviço público mal pago”.



A história, pelo menos na questão brasileira, do serviço público e da Previdência, parece que está sendo repetida. Os escândalos, a sonegação, a falta de controle e a política de má remuneração levada a efeito pelo atual governo, culminará, por certo, e infelizmente, a quebrar o resto de eficiência e de motivação dos recursos humanos colocados a disposição do governo. E, mito em breve, o tiro sairá pela culatra: mataremos a galinha dos ovos de ouro, que são todos os servidores públicos. E não teremos instrumentos, até mesmo, para preencher os cheques com os pagamentos do serviço da dívida.



Triste do governo que não respeita seus servidores.



27 de outubro de 2003











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