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cronicas-->5654 - Quando o difícil é fácil... -- 27/11/2016 - 12:28 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
5.654 - Quando o difícil é fácil...
Escrever sobre ela é fácil, difícil é viver sem ela. Fácil dizer que esses anos todos ao seu lado fizeram do difícil uma facilidade só e eu poderia até mudar a frase do Vicente Matheus para esta: "O difícil, vocês sabem, ao lado dela é fácil demais...". Posso até mudar outra dele: "Haja o que hajar, ao lado dela sempre serei campeão!". Sexta, vinte e cinco de onze, ela completou mais um ano de vida e sábado comemos bolo, além de soltarmos balões.
Falante que só e tomando vinho ela deixou a todos os que vieram com a boa impressão de que a vida é fácil de levar para quem está sempre com ela. No caso, eu, o mais sortudo, por estar sempre mais perto e poder trazer o difícil para ser facilitado. Este parágrafo está meio difícil de terminar, mas não se preocupem, só quero dizer mais do mesmo, que a vida ao lado dela não é nada difícil e que eu sou sortudo por tê-la ao meu lado.
Sorte que eu tive ao arrumar meu primeiro emprego em São Paulo, onde ela já trabalhava e quando a vi, não achei fácil de me aproximar, pois ela era um monumento à beleza, mais bela que eu poderia imaginar. Foi difícil, mas deixei de lado e continuei cuidando da vida, contudo e bota contudo nisso, a vida sorriu para mim e no meu dia a dia, um dia daqueles ela me viu com uma malinha. A que eu utilizava para viajar a São Miguel; ficou imaginando aonde eu iria.
Sorte que eu tive ao ter essa malinha, que despertou nela a vontade de saber quem eu era e passou a me ver com outros olhos, sem demonstrar nadinha. Eu, por não achar fácil me aproximar, não a tratava adequadamente e isso só deixava mais difícil uma conversa qualquer, além de eu acha-la mais velha que eu e que não passaria dos meus olhos, se me entendem. A verdade é que eu não a tratava bem, naquela minha adolescência, mas...
Sorte que eu tive desse "mas...". Fomos nos aproximando, sabem quando dois bicudos não se beijam, até que se descobrem mais juntos que nunca. Pois foi assim, quando ela riscou todo o meu risque-rabisque, em represália a um malfeito meu e, depois, eu mandei o tal todo riscado para ela, com uma frase definitiva e provocativa de que ela era um amor. Provocação que provocou uma ligação de volta, quando confirmei e tudo se iniciou.
Sorte que eu tive com esse início, junto com um primeiro beijo na saída do trabalho e não direi que isso tem tempo, para não entregar o que vocês já sabem da nossa idade juntos e de vida, mudando algumas vezes de décadas. Voltando ao tema desta, reitero que a vida ao lado dela faz o difícil ser fácil.
Sorte que eu tive ao mudar mais uma década dela e comemorar mais uma vez, olhando o monumento à beleza, ainda mais bela que eu poderia imaginar. Só que agora mais fácil de me aproximar e ir um pouco além dos meus olhos, se me entendem. Agora na minha envelhescência, eu tenho que agradecer àquele adolescente, que teve coragem de fazer uma primeira provocação, não jogando o risque-rabisque no lixo e tê-lo guardado todos esses anos, prova disso tudo.
Sorte que eu tive de mantê-lo ao meu lado e, às vezes, poder conferir aqueles bem traçados rabiscos, rabiscados num dia nove de maio, lá em setenta e três, quando o difícil começou a ser mais fácil para mim, por ela topar caminhar ao meu lado, um monumento à beleza cada dia mais bela e falante que só espero que ela continue, tomando sempre um pouco de vinho, mais falante que só, contagiando-me com sua facilidade de viver.
Neste domingo, vinte e sete de onze de dezesseis, sorte que eu tenho de tê-la e dos meus filhos, sorte de poder escrever e registrar o que eu deveria falar todos os dias, todas as horas de que ama-la não é difícil, mas lembram-se do "mas.." quando eu disse, mais bicudos somos, mais próximos somos e já estou levando um risque-rabisque para ela, para eu começar tudo de novo e poder mudar todas as décadas juntos, até o fim dos tempos, provando que ao lado dela o difícil sempre é fácil!
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