EVOLUÇÃO SOCIAL
Sexta-feira, dezesseis horas.
Christine, 23 anos, solteira, estudante de arquitetura ligou para seu pai, rico fazendeiro e conhecido industrial, solicitando sua mesada semanal de cinco mil reais. Estava planejando o fim de semana numa fazenda turística no Mato Grosso do Sul. Com suas amigas e respectivos namorados. Coisa rotineira. Mas pediu para o pai reforçar a mesada com mais três mil reais, por ser obrigada a fretar um jatinho, visto que o pequeno avião da família estava a serviço.
Naquela mesma hora, ainda da sexta, Luciana, 22 anos, mãe solteira, grávida pela segunda vez, com o rosto enegrecido pelo carbono das queimadas, suspendeu a facãozada que ia desferir num feixe de canas e perguntou as horas à companheira de trabalho. Ia terminar sua jornada, e os ônibus e caminhões já encostavam.
(continua numa outra oportunidade, agora estou morrendo de sono, quase dormindo sobre o teclado)
Me desculpem! Por favor!
Jeovah de Moura Nunes |