Ainda hoje, pelas noites bêbadas,
Me deslumbro a toda vez que te vejo,
Me continua essa presença mágica
Que insinua e me desperta o desejo.
Do colar que aos seios projeta beijos
- Jóia rara enfeitando jóia Única -
Às roupas que me são mais um ensejo
De vê-la nua e nua à lua cúmplice,
Escrava e Senhora bem mais que almejo
(Braços, boca, ventre, loucura ávida
onde às vezes domino ou me protejo ),
Teu corpo é o Tudo e o Nada, posse e dádiva,
Sem porquês, ses, sem limites, sem pejos,
Onde mora o Prazer – a morte válida.
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