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Cronicas-->2031 - O difícil não é fácil... -- 15/11/2016 - 12:01 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
2.031 - O difícil não é fácil...
O difícil não é fácil, frase que de vez em quando aparece no meu trabalho, para justificar, ou tentativa de explicar algo inexplicável. Às vezes, ela vem acompanhada de: ...e se fosse fácil, não seria difícil. Não resolve problemas, nem os ameniza, nem os explica. A frase original é esta: "O difícil, vocês sabem, não é fácil..." e ela é atribuída ao Vicente Matheus, que foi presidente do Corinthians por um bom tempo, o mesmo que dizia quem está na chuva é pra se queimar. Mais duas dele para animar: "Haja o que hajar, o Corinthians será campeão" e "Depois da tempestade, vem ambulància".
Anotei esse difícil não ser fácil por algum motivo, não muito bem lembrado pela minha memória, mas acho que é pela tentativa de explicar o que não tem explicação, um atraso sem motivo, um esquecimento de tarefa e por aí afora. Desculpe Chefe, não deu para fazer, é, não tá fácil não. Também se fosse fácil, qualquer um faria...
Também não está fácil explicar a roubalheira toda, que estamos passando nesses tempos difíceis, deixados assim pela facilidade com que nos roubaram, nos enrolaram e nos levaram na conversa. Ainda tem gente que tenta dizer que não foi fácil levarem bilhões, querendo dizer que não levaram, só distribuíram. Viram como o difícil não é fácil. Fácil foi como se locupletaram e difícil está como provar.
Foi um balde de água fria geral na sociedade essa facilidade em se lambuzar com o alheio, como se fosse de ninguém e que ninguém estivesse olhando. Agora, vamos admitir que não estávamos mesmo, pois não dificultamos em nada, fomos deixando, fomos deixando, apesar dos sinais todos. A cada balde, uma pá de cal em cima da malcriação, da travessura, pois assim a maioria considerava. Deixa vá, tão pegando um pouquinho, mas tão dando também um monte, quando o correto é: pegaram um monte e deram um pouquinho, quase nada se analisadas a fundo.
Um conhecido dos antigos diria que essa gente toda está precisando de uma surra para aprender a não se meterem com o que não é deles. Ou que esses caras tão precisando de uma enxada, pra ver o que é bom pra tosse, tão precisando trabalhar de verdade pra um exame de consciência. Na teoria desse conhecido, uma enxada e uma boa capoeira para carpir ensina mais que uma conversa e que uma boa surra ensina também. Deixe estar, esse aí, ó, tá precisando de uma boa surra. Aí você vai ver como aprende, aprende mesmo.
Também não está fácil explicar essa teoria desse meu conhecido, mas por via das dúvidas vou comprar uma enxada para começar ensinar alguns por aí. Já com surra nem tentarei, uma vez que não sei como fazer e só levei surra de varinha de marmelo, quando criança e posso garantir que a teoria dá certo na prática.
Com relação à roubalheira toda, facilitada pela conivência, ou pela participação no esquema todo, de uma forma ou outra e pela dificuldade da maioria acreditar que estava acontecendo mesmo, repetindo, apesar dos sinais todos. Mais sinais, mais votos na tropa toda e a tropa com mais votos, mais sinais davam que estavam fazendo mais do mesmo. Já não se preocupavam em esconder os sinais. O que era pra ser difícil estava fácil demais e fácil sendo, não é difícil.
Espero que a surra seja de votos contra tudo isso, já iniciada nessa última eleição e que continue na próxima, cada um com a sua varinha de marmelo ensinando aos bandidos que o bem de todos não é para ser individualizado, nem apropriado. Espero que a enxada seja a lei, que a capoeira seja uma cela e que eles permaneçam um bom tempo nelas aprendendo a fazer o certo. Espero que não joguem simplesmente uma pá de cal em cima disso tudo e nossos algozes saiam de mãos cheias e nesta terça, quinze de onze de dezesseis, o que mais quero é que a sociedade jogue baldes de água fria, gelada, nessa lista de desclassificados e que eles não tenham vida fácil não. Daqui dez ou quinze anos veremos.
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