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Cartas-->Olá, querida amiga -- 27/01/2009 - 19:15 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olá,querida amiga


Ontem, ao passar na portaria, recebi sua missiva. Fiquei surpresa, não imaginei que você fosse levar a sério essa história de mandar cartas pelo correio... Achei que era pura brincadeira.

Embora ansiosa, tive a paciência de esperar chegar em casa e sentar-me no sofá para ler. Voltei no tempo... abrir o envelope, desdobrar o papel e matar logo a curiosidade. Antes, porém, detive-me nos detalhes: o papel, o capricho e a letra tão bonita!

Eu, pelo menos nesta primeira vez, não vou fazer o mesmo. Não tenho papel de carta - sei que é desculpa esfarrapada. Faz tanto tempo que não escrevo a mão, que nem sei como anda minha letra... (é verdade) e quanto à apresentação, ficaria muito aquém da sua. Estou tão acostumada a este computador... Aliás, foi justamente por causa da possibilidade de corrigir, apagar e escrever tudo de novo sem deixar borrões que eu me animei a aprender a utilizá-lo.

Você tem razão quanto às mensagens pela internet. Elas são curtas, escritas às pressas e saem do jeito que nos vêm à cabeça, sem maiores elaborações. Muitas vezes teclamos errado, mas ninguém se importa. E na ânsia de responder imediatamente, quantas vezes provocamos enganos! Às vezes conseguimos desfazê-los, outras, infelizmente não. O que a gente quis dizer foi mal interpretado. Mas elas têm uma grande importância, não podemos negar. A rapidez da comunicação e o encurtamento das distâncias. Podemos escrever a hora que for e a pessoa com quem queremos conversar, se estiver lá do outro lado do mundo, responderá prontamente. Até parece mágica! O que seria impossível através dos correios. É gostoso receber cartas, mas também é tão bom receber e-mails! Aposto que até você gosta...

Achei engraçada essa sua ideia (agora não tem mais acento) de que os e-mails ficaram entre a carta e a conversa de botequim. Eu acho que um e-mail mais longo pode equivaler a uma cartinha, já a conversa de botequim... acontece somente no botequim. Quando as pessoas já tomaram algumas a mais e ficam discorrendo sobre teorias furadas, contam vantagens ou se lamentam das desgraceiras da vida... Acabam não dizendo coisa com coisa, todo mundo fala ao mesmo tempo e ninguém escuta ninguém.

Não tenho muitas novidades, continuo naquele trança-trança (será que se escreve com hífen?) de casa para SP, de lá pra cá. E quando me ponho a escrever, fico quebrando a cabeça por causa dessa tal reforma ortográfica... Será que ela vai me deixar paranoica? (sem acento!)

Voltando ao início das cartas de antigamente, como você bem lembrou, “espero que esta vá encontrá-la juntamente com sua família em boa saúde...”, digo que nós por aqui estamos bem, graças a Deus. E vocês?

Para finalizar, adorei ser a sua primeira vítima! Será que as outras também vão responder pelo correio?

Receba um grande abraço e beijinhos.
Beatriz
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