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Cronicas-->1978 - Músicas e Lembranças -- 13/11/2016 - 13:05 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1.978 - Músicas e Lembranças
Nós temos uma música, só nossa, Edna? Não, não temos! Não dançamos bailinho para ter uma como lembrança. Penso que, se tivéssemos dançado, certamente seria uma do Roberto Carlos e depois, dos bailes dançados, talvez o Ray Conniff emplacasse uma, Perfídia, ou Aqueles Olhos Verdes, quem sabe. Pensando bem, acho que temos sim e tocou no nosso casamento, Hino ao Amor por Wilma Bentivegna, original francesa de Edith Piaf e Marguerite Monnot - "Se o azul do céu escurecer e alegria na terra fenecer. Não importa, querido. Viverei do nosso amor...".
Ela não sabe, mas quando ouço Adios por Don Costa lembro-me de Búzios e de nós dois passeando pela Orla Bardot e pela Rua das Pedras, o que me dá uma saudade e vontade de voltar. Não do mesmo jeito, mas O Lencinho me remete aos meus filhos por cantá-la de forma infantil a eles quando crianças. Essa é de Canário e Passarinho.
Quero Beijar-te As Mãos, de Anísio Silva, me leva ao meu pai, ao seu caminhão e ao pátio de uma transportadora em São Paulo, quando eu estava segurando a mão dele. "Quero beijar-te as mãos, minha querida. Senta junto de mim. Vem, por favor. És o maior enlevo da minha vida, és o reflorir do meu amor...".
Seguindo essa toada de músicas e lembranças, sempre ouvi Sabor a Mi, com Eydie Gorme Y Trio Los Panchos, por influência do Homero, o Merão do Cassiano, quem me apresentou essa música no ano de setenta e seis e nunca mais ela saiu de mim, por ser bonita e por emblema de uma época - "Tanto tempo disfrutamos de este amor. Nuestras almas se acercaron tanto asi, que yo guardo tu sabor pero tu llevas tambien, sabor a mi...".
Já devo ter falado dessas e desta It´s Too Late, de Carole King, porém fazer o quê, se elas não me saem e me lembram de momentos passados. Carole foi uma namorada que nunca tive, pelo ano de setenta e um, ano de terceiro colegial em Itapetininga, o que me leva a outra namorada que nunca tive e já deu até uma crónica. George Harrison, saído dos The Beatles, criou uma das músicas que mais gosto - My Sweet Lord, ouvi muito e no início também por conversa com o Pedrinho Paulo, que me mostrou um compacto e disse algo sobre ela. Anos atrás, quando ele se chamava Peter Paul Olive Tree.
Nilsson e Everybody´s Talkin´ me foram apresentados por Dustin Hoffman, quando assisti pela primeira vez ao filme Midnight Cowboy, no Brasil Perdidos na Noite. Assistam e podem ficar com a música, eu deixo. Ela é demais e só não digo que é a minha música, para não chatear todas as outras que gosto também.
Ninguém vai se lembrar de Pedro Nadie, cantada num daqueles festivais dos anos sessenta, aliás, ganhou o primeiro lugar com Piero, um argentino, nascido italiano e de cidadania colombiana também. Porque está nas minhas lembranças, é que no dia seguinte ao Festival aprendi a letra e falava dela ao Acibe, no seu armazém ali por perto do João de Araújo e seu campo de bocha. Época boa de ginásio e só isso para pensar, como foi com a também vencedora de Festival, Cantiga por Luciana, de Evinha e lembro-me do pessoal amolando a Luciana Matelli por isso.
Dessa mesma época, tenho que citar Que Pena, pois me lembra do Calilo, hoje Kalilo, cantando em parceria com a Yolanda. É de Jorge Ben, sucesso de Gal Costa e Jorge virou Benjor. Tenho que dizer de Azul da Cor do Mar, de Tim Maia, que me leva aos bailes do Clube e ao cinema, num daqueles festivais da Ejo, Equipe Jovem, o que obrigatoriamente tenho que incluir Cabeça, de Walter Franco e ele pessoalmente cantou no palco, levando o público presente ao delírio, assim - "Que é que tem nessa cabeça irmão, que é que tem nessa cabeça, ou não. Que é que tem nessa cabeça saiba que ela pode explodir irmão...".
Neste domingo de chuva, treze de onze de dezesseis, encerro com Blue Haze e Smoke Gets In Your Eyes, por me levar aos meus dezoito anos e aos meus longos cabelos.
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