Dez meses de governo. Ou de falta de governo. Dez meses de tentativas de erros e acertos. De poucos acertos. Talvez um por cento, como confidenciou o nosso presidente. Pouco mais do que zero. Pouco menos do que as três refeições prometidas e adiadas.
Quem tem fome, agora, não tem mais pressa. Assim nos parece. Paciência, apenas para os empresários do setor produtivo. E para a população, em geral. Correria para como as reformas. Que nada reformam. Que só arrecadam. Como a Previdenciária e a Tributária.
Não se fala em arrumar a casa. Em conter a violência. O crime organizado. A falta de escolas públicas de qualidade. A ausência do Estado no tocante à saúde da população.
Fala-se em exportações. Mas com que estradas? Todas perfuradas. Sem poder de locomoção. De escoamento da produção. O marketing tem sido a solução. Solução metafórica. Ilusão. Piada de má gestão. De falta de Administração. Não se tem, um programa. Uma matriz. Um projeto. Um conjunto de metas. Faltam objetivos. Falta missão.
Paciência zero tem limites. Paciência com a queda dos juros? Que caem tão devagar que ninguém percebe? Por conta da ameaça da inflação? Que está sob controle? Ou não? Não adianta falar mal do Judiciário. Este Poder, no mínimo, é necessário. A menos que se queira esconder o perdulário. O Executivo e o Legislativo. Irmãos de interesses recíprocos. E de ações parecidas. A merecer intervenções de organizações internacionais. Para explicar o que se tem lido pelos jornais.
Metade dos ministros atuais. Cerca de quinze, ou pouco mais. Gastaram, em diárias, R$ 431 mil reais. Com viagens que mais parecem carnavais. Em meio a reclamações gerais. De que falta dinheiro para tudo. Estão seguindo à risca, o exemplo do presidente. Que tem sido o campeão de viagens. Até agora, só no ocidente. Já superou a marca do ex-presidente. Que pouco conhecia o nosso Brasil. De tanta viagem que fazia.
Mas Lula é a favor da medida. Diz que é preciso agir como “mascate”. Vender o país lá fora. Será que ele pensou uma coisa e disse outra? Pois vender, ainda não se sabe. Mas, com certeza, já estamos compromissado. O FMI que o diga. O país do futuro é coisa do passado.
Mas será o Benedito? Ou a versão feminina do dito? A síndrome apareceu no Congresso. Senador e deputado. Antes mesmo do recesso. Antes mesmo de serem convocados. Para votar o orçamento que está sendo atrasado. E ganhar, mais uma vez, dobrado. Pelo serviço que deixou acumulado. Que ninguém é de ferro. E já preparam uma viagem coletiva. Vão participar da Assembléia Geral da ONU. Aquela que os EUA esnobam.
Tanta matéria para ser votada. Tanta correria para nada. Na hora do recreio, a debandada. O Brasil mudou de lugar. Literalmente. A gente sente. Lula lá na Europa, em qualquer outro lugar. Na Argentina, em Cuba, discursando sem parar. Não sei se ele lembra que é o presidente de cá. Deste país sem dinheiro. Que não poderia gastar. Com viagem ao estrangeiro.
E as coisas vão acontecendo. O ex-secretário nacional de Direitos Humanos pediu demissão. Por bobagens, disse ele. Contratou sua ex-mulher e sua atual para ocupar cargo comissionado. Diz que não se trata de nepotismo. Seria outro neologismo? Eufemismo? E a Paula do basquete. Também pediu demissão. Falta de atenção foi a sua alegação. Ninguém dava bola para o seu projeto. E o próprio ministro dos Esportes, andou devolvendo dinheiro que teria sido recebido indevidamente. Por conta dos jogos de Santo Domingo. Será o Benedito? Ou ficará o dito pelo não dito?
Trinta ministérios e um monte de indicações políticas. Para um por cento de resultados. Convenhamos, é esquisito. Fora as contratações realizadas pela Mesa da Câmara. Sem concurso. Sete mil por mês. Para fazer o quê, ninguém sabe. Pois até os deputados não param no seu local de trabalho.
O Brasil está abandonado à própria sorte. Valha-me São Benedito e Santa Edwirges. Enquanto é tempo. Fora, Lula, você não resolve nada!....
