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cronicas-->Chora bananeira -- 12/11/2016 - 16:20 (Padre Bidião) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Chora bananeira..."
Bananeira Chora...
Chora bananeira...
O meu amor foi embora"...".

"Chora pirrita...".
Pra comer banana frita"...".
"Se eu pedir tu me dar?".
Dou sim!!!
Debaixo do pé da bananeira!!!
Sim...Sim!!!
Seu pai,não...briga,não...
Não...Não...Não...

Babarababau... dos Pilares de muitos adolescentes amores, de um sonhar na velocidade da luz. A casa velha onde funcionava o antigo correio, a frente com paredes encardidas dos maus tratos era para mim um castelo encantado de muitos e muitos sonhares. Acima, na fachada do velho prédio que no passado era um local do vai e vem de noticias das alegrias e tristezas de uma época, de um povo, na minha meninice um palácio encantador com seus matos secretos. Suas portas, de um ranger dos diabos, ao entrar com palavras de passe e segredos mil. Lá e lá... Que antes das autoridades, hoje um harém do acordar nenê e sentir a cor do brilhar, a mergulhar em seu enorme tanque dos ultrapassados e gigantes banheiros,de decorados mosaícos e louças importadas,paredes e arcos que o singelo longe do doce lar, tudo grande e o piso de enorme xadrez, um verdadeiro paraíso, o que na cabeça dos homens era velho, na dos meninos, endeusavam o casarão. Os hipócritas religiosos criavam estórias para amedrontar a rapaziada,que lá existia: mula sem cabeça, fogo corredor, papa-figomaçona, lobisomem do rabo de bacalhau( deu uma pisa na mãe com rabo de bacalhau ), a besta da Palmeira( a fera que comia os meninos )o fantasma do Garueira( pai de santos )...E muitas tenebrosas estórias para afastar os pequenos do saudoso lugar que velho não entrava, pois a palavra de passe aos iniciados na galeria do amor, em seu antigo sobrado, via-se a bela Lagoa Manguaba. Em um dos quartos, os retratos dos finados presidentes da República do Brasil, que a meninada repintava à sua maneira, sem o entender. A hierarquia sem fins lucrativos, no espírito indigena. O quintal tinha tudo, que só o cabaré do Sr. Macaxeira, que ficava atrás do mercado da farinha. As bananeiras, carrapateiras, macujá, mamoeiros, ramos de favas, mangueiras, jaqueiras,formando aquelas naturais cavernas. O verão dos homens era escaldante. O nosso, encantador de um equilibrio saudável, animais variados como saguis,papa-capins,lavadeiras, rolas fogo pagou, xexéus e até as serpentes passeavam ao nosso lado. Contudo, a natureza era alta e o gozo a viajar, enquanto a cobra caminhava, acima de tudo. As folhas secas de bananeiras para nós eram os cetins dos adultos cansados. Nos feriados santos de procissão da fé velha e cega, entrávamos em nosso labirinto com nossa companheirinha e ... a força do caminhar lento dos trilhões de volúpias. Depois olhávamos e não acreditávamos que o tempo lá fora corria tão angustiado e cobrador, seu vestido de chita e meu calção de murim com camisa gola mamãe, e as espinhas apontando no jovem rosto e os peitos dela furador, de uma rigidez braba. No primeiro momento, a timidez e o medo do adentrar, mas logo o desejo era tão e tão grande que a santa dor tarde chegaria. Olhava para mim e via o cálculo do meu branco calção subindo desenfreadamente e nela via seus seios pulsarem em minhas mãos, seu lábios já sem cor,suas mãos tremendo. O forte e grosso liquido já de perna abaixo, seus olhos zarolhos de encarar uma só retina, silencio de cemitério, ao som natural dos pássaros, salagados beijos, alimentados pela própria natureza, pois lá tudo tinha. Na sede chupávamos melancia, no almoço cardápio variado: manga-rosa, mamão, goiaba, banana...E o nosso relógio era o sol, quando descambava na viajem ao oriente, era nosso toque de retirada,pois a costa do sol era para os mais velhos. Os nossos guardiões meninos,na porta estavam a nos sinalizar o sair, um a um,para que os católicos das quatros paredes, nas frustações suas, de um passado limitado e até militar, de pecados deles criados por eles, o castigo das lapadas seriam o reprimir prazer velho deles.Que a Jesus entregavam sua vida, e a mulher em seu desejo ardente,olhava estranho para nós adolescentes de cara de jaca(espinhas) e arrepiados cabelos e o falar grosso e fino, alto e baixo, os 15anos, ao tom. As mulheres experientes nos desejavam, para um ensinar a sermos dominador delas. E pra falar nisso ao lado de minha vó? Morava um casal cristão no qual tudo era pecado e a mulher tomava banho e penteava os longos cabelos debaixo de um pé de jaqueira, molhados sobre o vestido. Sozinha a cantar os hinos católicos de uma excitante liturgia: "Dá-nos a bênção ,ó virgem mãe, penhor seguro..." Seu marido industrial de pecados a deixá-la sozinha num sítio, e na igreja morar praticamente. Minha vozinha que era maravilhosa, dizia a mim( já me preparando para o despertar do macho interno: "meu neto essa alma quer reza,vó e vó e rápida é na vida, tão boa que logo não a enxergamos mais. Essa vizinha, mulher a cruzar as belíssimas pernas do cantar ao olhar pidão, gritava na ausência do marido que logo não vinha: "Dona Mariaaaaaaaaa...mande seu neto aqui, por favor pois tenho fogo no roçado pra ele apagar, que meu marido não liga e as mangueiras estão rosas de mangas maduras, senão a podridão toma conta, e aquele diabo de macho só pensa em rezar.cLá vou eu,uí...uí...Ao entrar na casa cheiro de leite de rosas e alfazema, e a diaba deitada seminua numa colcha de retalhos tremendo com uma febre de desejos. Olhei para a parede do quarto onde estava seu religioso militar marido cheios de medalhas de coronel, mas aposentados dos serviços domésticos. Como bom e obediente menino, olhei para o sócio autoridade constituída no verde-oliva, cumprimentei e mandei a juritiba nas pernas dela, aí vi que a fera fêmea tava pegando fogo, aos gritos e mordidas das loucuras do momento e o calor da emoção, cantamos até o hino nacional que, ao terminar o ardente prazer, ela estava semi morta na colonial cama, e seu mel branco e grosso que o vento colou em nossas pernas, que só saiu com água de chaleira quente. Calma e tranquila deixei a nobre mulher, mesmo com duzentas chupadas no pescoço, mas encarei, pois ía para casa da minha vó, que surra de amor levei. Recebendo o coronel marido no cantarolar que o danado feroz,disse em alta voz:" Deus visitou minha casa, graças a Ele! Amém e Deus esteja conosco!" Respirei aliviado. A peste nova, e boa de pernas roliças de um fogo dos diabos, seu marido velho ainda duro,mas tudo era pecado,chamou e disse: "Meu filho tome conta da Maria Madalena,porém vou precisar viajar, e Maria Madalena falou que você menino, é bonzinho e comportado. Depois lhe ensino a atirar para se defender desses bandidos que estão longe de Deus.Ave Maria...Oh!!! Maria nó te damos nosso amor..."
Era bem tratado que só um príncipe. Mandava na ausência do valente militar cornão, na casa e na amada e carente carinhosa santa Maria Madalena, seu perfume mulher.


"Chora bananeira..."
Bananeira chora...
Chora bananeira...
O meu amor foi embora"..."
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