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Cartas-->Carta para Ti - IV -- 28/01/2002 - 21:13 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta para Ti - IV

Há um hiato a silenciar letras, enquanto sonorizo-me de ti. Os lábios unem tuas palavras, provocando-me sorrisos nos olhares. É assim que melhor vivo. É do tom da tua escrita que renasço em meio as minhas incertezas. E quando te digo dos meus abismos, é por saber-te atento aos meus passos inquietos, vezes sem rumo. Sei das tuas vigílias solitárias, enquanto me ocupas em teus pensamentos. Tens na palma das tuas mãos, os mapas que me indicam entre rios, oceanos e estradas íngremes. Tens as minhas distâncias e todas as demarcações que te sinalizam meu coração. Quando é a minha voz, aparente eco em minhas deserções, sobram-me teus braços a resgatarem-me dos meus desertos.
Entre nós não existe ausência, ainda que nossos olhos sejam alvos de tantas janelas. Descobrimo-nos em meio ao deslizar do tempo, que inventa e reinventa pontes, para que nossas mãos mais ainda se toquem.
Gosto de repousar minhas vontades em teu colo e de te perceber a oferecer-me acalantos em suspiros. Lembro-me das noites, em que compunhas odes aos meus sonos, como a prevenir os meus sonhos, para que me cobrissem de ternuras e afagos. Como não te confessar que me levavas o coração, enquanto teus olhos me guardavam até o cerrar das pálpebras? Era de ti que eu ouvia o sussurro das carícias e afagos, mesmo que fosse tua presença real, apenas desejada.
Em noites como essa, faz-me falta o teu tomar conta, percorrendo os meus desvãos. Faz-me falta os teus beijos, repletos de códigos que só nossos lábios lêem. Bem sabes dos meus desassossegos...tenho o coração incontido, sempre a buscar essências e sinais outros. Penso que enquanto me lês, sorris pelas minhas metáforas ou talvez te impacientes com essa renitente falta de praticidade. É que existem linguagens humanas que não assimilo. Defeito deste coração tolo que só tem uma face, não usa maquiagem e desconhece de subterfúgios. Prefiro-me simples, em meio ao caminho do sentir, trilhando paisagens que me acresçam a alma. E é por isso, que meus passos gostam tanto de andar junto aos teus...
Em noites como essa, meus sorrisos aguardam tua chegada...


© Nandinha Guimarães
Em 28.01.02

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