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Cartas-->Que tal uma sapatada na cara de Raúl Castro? -- 17/12/2008 - 18:38 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pablo,

Grato pelo texto. A guerra contra o Afeganistão tem uma lógica simples: os talibãs abrigavam o terrorista Bin Laden, mentor dos ataques contra as torres gêmeas e o Pentágono. Os EUA tinham todo o direito de revidar o ataque e assim o fizeram. No entanto, a guerra contra o Iraque, para mim, foi um bem-sucedido lobby dos fabricantes de armas, os únicos que lucraram com o sangue derramado, tanto de iraquianos, quanto de soldados da coalizão, especialmente ianques. Afinal, se é para "impor a democracia", que tal começar pela Chechênia e pelo Tibete? Ou então por Cuba? Impor democracia em país árabe é uma piada. Não existe nenhum país árabe que já tenha conhecido o que isso significa, com excecão, talvez, da Jordânia.

Você, Pablo, que se declara comunista, daqueles "puros" que nunca ninguém ainda chegou a colocar na prática para governar, gostou tanto da sapatada contra Bush que até escreveu uma crônica. Eu gostei mesmo foi do reflexo do presidente, que, como disse Joelmir Beting, foi de craque de beisebol, pela negaceada. Eu gostaria de ver uma sapatada dessa na cara de Raúl Castro, convidado especial de Lula amanhã em Brasília. Afinal, Bush caiu numa armadilha, enquanto que Raúl é um assassino convicto há quase 50 anos, e ainda o será por alguns anos mais.

Ah! Ia-me esquecendo. Afinal, Barack Hussein é queniano ou hawaiano? Infelizmente, a avó dele morreu e assim não existe mais ninguém para levantar essa lebre com cara de gato...

Att,

F. Maier


***

From: julho22@hotmail.com
Subject: Bushada de Bushinho
Date: Wed, 17 Dec 2008 17:33:32 -0200

COROLÁRIOS, TARTUFISMO, GUERRA E, DEPOIS...
SAPATADA NA CARA

Texto - Pablo Emmanuel

Muito bem.

Foi desse jeito que acabou a entrevista concedida nesta semana pelo presidente americano George W. Bush no Iraque, até o momento em que um jornalista nativo lançou seus sapatos em direção ao terrorista-de-Estado, que só não ficou com a cara roxa porque foi ninja o suficiente para desviar-se dos obuses de couro com borracha.

Eu fico imaginando a raiva com que o rapaz que promoveu a agressão olhava Bush desde o início de seu palavrório. Imagino o sujeito consubstanciando todo o ódio para a força das mãos, jogando as solas, já que não podia dar um murro na cara daquele que violou a ONU e mentiu para invadir a Mesopotâmia, precipitando-a no caos obscurante em que hoje se encontra, esfacelada de cima a baixo, consumida pela crueldade e pelo terrorismo.

Mas a ação fulminante da sapatada teve muito a ver também com a decepção profunda que os estadunidenses sentem com relação a Bush, que enviou para uma morte desonrosa, a esmo, boa parte da juventude militar do país. Muitos pais gostariam de descer uma solada em Bush Jr.

Todos os dias um jovem americano é derrubado por franco-atiradores iraquianos e da Al-Qaeda no meio da rua. É nisso que está dando a tática de patrulhamento das tropas que ficam "marcando" à toa pela cidade, apenas para serem vitimadas pelas balas exímias dos terroristas que só se dão ao trabalho de ficar "paquerando" a vítima de longe, até o momento de liberar um coice de 7,62.

Até mesmo as cifras sobre a quantidade de baixas entre americanos e ingleses não são dimensionadas. A mídia até cessou um pouco de comentar o caso. Imagine a vertigem da coisa.

Enquanto isso, Bush fica com a família curtindo seus últimos instantes como um dos mais sinistros administradores que os Estados Unidos já tiveram em sua história republicana. Ele brinca com o cachorrinho, afaga a charmosa esposa de face amável e vitoriana, observa os rebentos passeando pela internet.

De vez em quando, permanece contando embustes acerca do Afeganistão, dizendo ao mundo que o Taliban foi destruído e que o país marcha para a democracia, nos moldes ocidentais, com todo mundo tendo o direito de ter acesso aos filmes pornôs norte-americanos e às revistas de fofoca de celebridades imundas. E enquanto ele vai sofismando, o Taliban se reergue com força assustadora e com amplo gás para explodir o mais bárbaro terrorismo.

A História só trabalha com cadáveres. Ela só faz necropsia.

Quando o episódio sangrento do Iraque tiver um desfecho, um dia, o mundo descobrirá a verdade sobre isto. Chegará o momento em que não mais nos perderemos com suposições e ilações. Saberemos todos os números, todos os planos, maquinações de gabinete, escárnios, perfídias, tudo.

Os jovens voltarão para casa completamente loucos, atordoados com o chafurdo do terror que presenciaram e que cometeram. Muitos não terão uma vida normal. Alguns se entregarão às drogas, à alcoolatria e à depressão, ou ao próprio suicídio.

O historiador é como um médico legista. Ele haverá de estripar e revirar a putrefação desse corpo para conhecer as circunstâncias da morte, com razoável margem de exatidão.

Os laudos vão parar nas mesinhas das escolas, onde as crianças aprenderão que a História dos Estados Unidos não foi muito bem como seus avós, contemporâneos de Bush, contavam. Saberão do dinheiro que correu do contribuinte para irrigar o terror de Estado e que deveria ter sido poupado, tanto quanto as vidas de seus familiares.

Se Obama vai ficar bem na foto, a partir de 2009, isso ainda se verá. O certo é que esse homem herdará uma casa-de-caboclo que seu antecessor levantou ao agir de conformidade com o abuso e as práticas ilegais. Se Obama fracassar em algum ponto, ele terá todo o direito de trazer à tona fatos da administração de Bush, com todos os seus escombros e mau cheiro tumular.

Vamos torcer para que o simpático queniano também não tome suas sapatadas, nem durante nem ao fim de sua gestão, e tampouco faça para merecê-las.


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