Eu acredito que o bom senso ainda é, e sempre vai ser a melhor maneira de encontrarmos soluções para os problemas gerados pelo convívio social.
Um dos problemas mais difíceis de se resolver é o do trânsito de veículos nas grandes cidades, o excessivo número de automóveis e falta de consciência e educação dos condutores, causa por muitas vezes graves e contínuos acidentes.
Uma das soluções encontradas por nossos governantes foi a utilização de equipamentos eletrônicos para controlar a imprudência dos motoristas, o que é uma ótima solução. Contudo a utilização de tais equipamentos também tem de ser racional. O homem não pode se privar da racionalidade em qualquer situação, e há casos em que é o ser humano é insubstituível.
Uma dessas situações em que não se pode substituir um guarda de trânsito por uma máquina, é o sinal de trânsito. Falo de uma situação em que vivi no centro da cidade onde moro, ou seja, Taguatinga/DF. Vários carros levaram multas indevidamente.
O semáforo, que já é um equipamento eletrônico, estava com a luz vermelha queimada, os carros que chegavam desavisados e ultrapassam um sinal que estava desligado, eram fotografados como infratores por outro equipamento, que como tal, não sabe pensar e não entendia, obviamente, que a luz vermelha estava queimada. Se fosse um guarda, ele controlaria o trânsito e evitaria multas injustas. Não é difícil de chegar a conclusão que em muitas outras hipóteses, o guarda agiria melhor do que a máquina.
O excesso de automatização, a substituição desenfreada do homem pela máquina, gera desemprego e pode causar erros graves. O homem pensa, julga e toma decisões, a máquina só toma decisões, ela nunca superará a capacidade do homem, e se superar, basta descarregar a bateria, tirar a pilha ou puxar a tomada.