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Cronicas-->O SALVADOR DA PÁTRIA -- 11/06/2001 - 21:05 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Breve retrospectiva


Naqueles dias que a campanha para um novo presidente se estabeleceu estávamos todos muito felizes. Como outros milhares de brasileiros eu ia votar pela primeira vez.
Eu me regozijava. Fernando Collor era um fenómeno pela extraordinária popularidade que alcançou. Tinha em relação a ele uma surda desconfiança. Achava que era um astro já decaído.Tinha todo o tipo de um populista. E o povo no fundo acreditava naquele homem que surgia com esperanças, uma juventude evidente e marcas de cultura, talento e modernismo.
Isso me faz lembrar a história nos anos negros perto da Revolução Francesa em que o povo estava oprimido pelo mau reinado de Luiz XV e quando Luiz XVI e sua jovem mulher assumiram o reinado vibraram encantados pelo sangue novo que se instalava no palácio decaído e que trouxera para o povo tristezas e pobreza. Mas eles veriam que a esperança não transformaria em realidade o sonho e as expectativas do povo.
Collor começou juntamente com a Ministra Zélia retirando toda a poupança, que mesmo as pessoas humildes acabara reunindo com sacrifícios em detrimento de mais conforto que poderiam usufruir e seria devolvido depois e parceladamente. Para mim foi um confisco. O cidadãos brasileiros, sempre crentes, dispostos a lutar e com a fibra e experiência que tinham para o sofrimento, quiseram entender o enorme sacrifício que lhes era imposto.
E o jovem Presidente começou a se vestir com uma fantasia que não era real, mas que todos admiravam ansiando por acreditar em alguém que há muito tempo não demonstrava força, vigor, vontade de encaminhar e segurar os destinos do país e a maioria passou a ver aquele jovem como realmente um líder.
Além de tudo possuía uma facilidade imensa de se expressar e emocionar a população. Ninguém nem de longe imaginava que o instável Presidente tão entusiasmado fosse um dia constituir motivo da revolta da população.
Começava a grande opressão dos Funcionários públicos.Muitos foram colocados em disponibilidade e embora inconstitucional o novo presidente lutava para conseguir que muitos fossem mandados embora. E a mídia vibrava!
Pergunto-me, fazendo apenas um preàmbulo porque o regozijo com a desgraça dos nossos funcionários e o que isso melhoraria a situação do país? Nenhum país melhora com a recessão mesmo que ela seja limitada a uma categoria.Acho que perseguiram tanto, que acabaram esquecendo que quem tinha telhado de vidro era o próprio governo da época.
Estou fazendo uma rememoração ligeira para o que aconteceu com o primeiro governo conquistado com a eleição do povo, porque é triste constatar que se esperou tanto por uma decepção.
Eu estava votando pela primeira vez mas felizmente não havia acreditado no "Caçador de Marajás." Votei num homem que admiro muito embora, infelizmente, não tenha tido características para se tornar um líder, apesar da inteligência brilhante e cultura invulgar:Roberto freire
Collor ficou deslumbrado. Não teve forças para enfrentar o brilho, o sucesso e saber dosar o poder que lhe era conferido. E sendo assim jamais poderia ser um estadista, embora constatemos que no Brasil dificilmente encontraremos algum que o consiga. Pelo menos dentre esses que hoje se nos apresentam. E se estou rememorando a história recente de nosso país é para que tenhamos força de não incorrer em novos erros na eleição que se aproxima.
Quando foi descoberto aos poucos o que estava acontecendo naquele período, foi uma decepção renovada para aqueles que acreditaram no primeiro presidente eleito democraticamente.
Começaria o conhecimento de um mar de corrupção e tristezas daqueles que queriam punir e fazer justiça ameaçando pessoas que viviam do seu trabalho e transformando as vítimas em algozes. Além de tudo uma atitude covarde e indefensável. Viveríamos dias de revolta e tristeza vendo que a luz que brilhara não tinha luminosidade própria e se alimentava da vaidade e do oportunismo.

Vània Moreira Diniz
www.vaniadiniz.pro.br

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