| 10 usuários online |
|  |
|
| Poesias-->Porta de casa XLII -- 08/12/2001 - 20:51 (Francisco Libânio) |
|
|
| | |
Porta de Casa XLII
Não digo nunca que não creio em Deus
Como eu creio em tantas outras coisas
Simplesmente este Deus amorfo,
Divinizado, pai de todos e criador
A mim não é tão convincente
Já vi Deus passando por aqui
Frente à porta de minha casa
Muitas vezes convido-o para sentar
E levarmos dez minutos de conversa
Quase sempre ele aceita
Outras vezes Deus me aparece
Vendendo tapete que diz ser persa
Sabendo que não vou acreditar
Ele toca a campainha muitas vezes
Até eu não ir e ele se cansar
Mas Deus nunca rezou uma prece
Pra mim na porta da minha casa
Ele me disse: Se alguém fizer isso
Dizendo que sou eu duvida!
Por que eu rezaria só para ti?
- Se rezo para ti hei de rezar pros teus irmãos
Mas isso não leva um dia, um mês, um ano
Com pressa leva uma vida toda!
E não vou viver só para rezar
Ou como vou fazer para viver?
Rezo por ti e por todos de uma vez
E não sou só eu que sei rezar, tu deves saber
Pois que sabe falar sabe também rezar
Prece não é coisa de gente concursada
Nem de gente que se diz por mim diplomada
Prece é coisa de todo mundo, pois ensinei todo mundo
A rezar por si e por quem quiser
E dizendo isso, Deus foi embora
Por que estava em cima da hora
De seu ônibus passar
Francisco Libânio
08/12/01
09:06 PM
|
|
