Se o pecado é saborear
Uma fruta proibida
Todos nascem pecadores
Pela entrada sem saída
Pois numa tarde ou manhã
Comendo a doce maçã
O pai ama a mãe querida.
II
Com treze anos de vida
Eu fiquei muito assustado
Ao ver meu saco peludo
E o pinto liso e pelado
Na bunda crescendo pelos
Pretos da cor dos cabelos
E o peito encabelado.
III
Ninguém me tinha contado
Que concha não é colher
E alhos não são bugalhos
Nem mágoa é malmequer
E que o conto da cegonha
Conta-se por ter vergonha
Que homem vem de mulher.
IV
Não me disseram sequer
Que surgimos do macaco
E que a gente ressurge
Provindo de um buraco
Sem acesso a uma buceta
Logo soube que a punheta
Saciava a sanha do saco.
V
A mulher é o meu fraco
Eu vivo e que ela viva
Dou-lhe um beijo de língua
Molhada em sua saliva
Seja na vida ou na morte
O meu abraço é mais forte
Naquela que me cativa.
VI
Mulher é mui criativa
E não para de inventar
Por isso mesmo ela inova
No recinto de seu lar:
Com uma lâmina afiada
Ou com máquina zerada
Deixa a xana sem pentear.
VII
Eu é que não vou cobrar
Preço caro ou barateado
Da dona que orna a xota
Do jeito de seu agrado
Mas eu quisera ser pente
Pra pentear diariamente
O seu monte encrespado.
VIII
Buscando fazer agrado
A mulher sempre enfeita
Com adornos sua buceta
Para deixá-la perfeita
Do jeito que homem gosta
E não perde sua aposta
No amado com quem deita.
IX – Corte Triângulo
Num triângulo ela ajeita
Os pelos sobre sua xana
É o enfeite tradicional
Corriqueiro da semana:
Pequeno grande ou médio
E com esse seu assédio
A malvada não se engana.
X – Corte Moicano
Moicano é o corte bacana
Para quem quer variar
Que é uma tira de pelos
No molde retangular:
Começa em cima e termina
Logo abaixo da vagina
Antes do ânus se iniciar.
Xi – Corte Fio Maravilha
Mulher que quer inovar
Achando-se moderninha
Adota o fio maravilha
Deixando a vulva lisinha
Com uma tira de pelinhos
Pra deixar escondidinhos
Encantos da xoxotinha.
XII - Corte Punk
Seja princesa ou rainha
É uma mulher antes disso
Que tratando-se de adornos
Apela para o feitiço:
Do corte punk se enfeita
Raspa os pelos e os ajeita
Para crescerem com viço.
XIII – Corte Mata Atlântica
Mesmo em meio a reboliço
Convém alguma ciência:
Eis o Corte Mata-Atlântica
Que é uma consequência
Da buceta descuidada
Cabeluda e desgrenhada
Com natural aparência.
XIV – Corte Militar
Sem arte e experiência
Há quem faz por desleixar
E a mulher militariza
Sua xana para adornar:
Só raspa os pelos do lado
Qual cabeça de soldado
Em um quartel militar.
XV – Corte Bigode em “V”
Toda mulher que quer dar
Melhora a sua buceta
E assim corta os pentelhos
Como lhe vêm na veneta
Faz de tudo e o que pode
Deixando até um bigode:
Forma de “V” pro chupeta.
XVI – Corte Barba de Bêbado
Com afoiteza não meta
Sua língua ao chupar
A xana meio barbada
Porque pode se cortar:
Cuidado quando a usa
Pois o bêbado que abusa
Sai com a língua a sangrar.
XVII
Vou este corte explicar
Pra quem está em jejum:
Os pelos são aparados
Com uma máquina um
Deixa a xana uma beleza
Só que fere com crueza
Língua até de não bebum.
XVII – Corte em Coração
Essa é boa e para algum
Seleto por sua amada
Que em forma de coração
Corta os pelos da assanhada
E grita para o amante:
Retese o arco bastante
E me dê uma flechada.
XVIII – O Corte Dez
Seja peluda ou pelada
Toda buceta eu venero
O importante é ter prazer
Com aquela que eu quero
Sobretudo quando ela
Goza também e se mela:
Essa mulher eu espero.
XIX
Dentre as que eu considero
Basta mesmo é ser mulher
Pelos da xana que cresçam
Como lhes mais convier
Mesmo após tantos trancos:
Pretos grisalhos ou brancos
Sempre acham quem os quer.
XX
Toda mulher que me der
É pra mim mui atrativa
Seus pelos fazem apelos
E eu sacio qualquer diva:
Seja peluda ou pelada
Leva a minha flechada
E do prazer não se priva.
XXI
Se você ainda está viva
Não fique aí desejando
E a enfeitar sua buceta
Até não se sabe quando:
Seja manjada ou donzela
Talvez você seja aquela
Que eu estou esperando.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
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