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Artigos-->O ABANDONO DA LINHA VARIANTE -- 19/10/2003 - 11:31 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ABANDONO DA LINHA VARIANTE





Filemon F. Martins







Refiro-me à linha Variante dos Trens Metropolitanos de São Paulo, Zona Leste, que parte da Estação do Brás, passando pelos bairros do Tatuapé, Engenheiro Goulart, Comendador Ermelino Matarazzo, São Miguel Paulista, Itaim Paulista, seguindo para Engenheiro Manoel Feio, Itaquaquecetuba e Aracaré até chegar em Calmon Viana, onde dá acesso à linha Tronco, que vai até Mogi das Cruzes e Estudantes, onde fica o complexo de Universidades: BRAZ CUBAS e UMC.

Quando transferi residência para o bairro do Itaim Paulista, em 1983, pagávamos a metade do preço de uma passagem de ônibus. Em época de eleições, especialmente no governo de Mário Covas, muito se falou na implantação dos trens espanhóis, através da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Estamos em 2003 e observa-se que os trens que circulam nas vias são os mesmos que circulavam há 30 ou 40 anos. O trem espanhol, de fato, foi implantado, mas somente na linha Tronco, que corre paralela à linha do metrô até Corinthians Itaquera e vai até à estação Estudantes, em Mogi das Cruzes. Para a linha Variante ficou apenas a adaptação de algumas estações, com o sistema de catracas eletrônicas, que permitem o uso de bilhete e a cobrança de um valor superior ao preço do ônibus e por uma qualidade de serviço ferroviário de 30 anos atrás. Não temos um serviço adequado, mas pagamos o preço, como se tivéssemos o trem espanhol.

Inconformado com esta situação, escrevi, no ano 2000 à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos abordando uma série de problemas e questionando a política de descaso que a Empresa vem perpetrando contra a população da Zona Leste, no que diz respeito à linha Variante que, sem explicações, encontra-se abandonada. Obtive resposta assinada por Sérgio de Carvalho Júnior, Gerente do Departamento de Atendimento ao Usuário.

Eis sua resposta: “CT.OMU.952/00, 26 de junho de 2000. Senhor Filemon F. Martins, Itaim Paulista – São Paulo – SP. Acusamos o recebimento de sua carta e apresentamos nossas desculpas pelo fato de, infelizmente, ainda não termos atingido a qualidade do transporte ferroviário que o cidadão da metrópole de São Paulo merece. Reconhecemos como procedentes todos os aspectos abordados sobre os serviços oferecidos à comunidade da nossa Linha F (trecho entre as estações Brás e Calmon Viana), e, diante da gama de explicações que lhe devemos, vimos convidá-lo a uma visita ao nosso Departamento, quando teremos oportunidade de, além de travar conhecimento pessoal consigo, explicarmos nossos projetos que estão em implantação, bem como esclarecer-lhe os outros questionamentos.”

Infelizmente, os muitos afazeres e a luta pela vida não me permitiram agendar nenhuma visita para ouvir as “explicações” do Sr. Sérgio, mas quer me parecer que os projetos para a linha Variante continuam no papel, porque estamos em outubro de 2003 e até agora nada mudou, a não ser, a implantação de catracas eletrônicas nas estações da linha Variante. Será necessário, talvez, conscientizar a população desta região da Zona Leste tão esquecida, castigada e abandonada pelo poder público, lembrada apenas em época de eleições, a votar em branco, ou anular o voto, como forma de protesto e inconformismo. É preciso dizer aos Administradores e Políticos da cidade que não estamos satisfeitos com a desatenção que tem sido imposta à nossa região pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Ou quem sabe, cada cidadão morador destes bairros deverá escrever uma carta e endereçar ao Palácio do Morumbi, fazendo a mesma reclamação ? Seremos obrigados a atapetar a residência oficial de sua Excelência, o governador Geraldo Alckmin, com uma enxurrada de cartas lembrando que a linha Variante existe e merece ser melhorada com urgência ? Não é uma boa idéia ? Com a palavra, mais uma vez, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.







São Paulo, 19 de outubro de 2003

filemon.martins@uol.com.br

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