Não Tenho o Poder de Ressuscitar os Mortos, Pois Quem Faz Isto é o Amor
Hoje recebi mais uma mensagem irónica na minha caixa de recados que dizia assim:
- Tia Lu, depois do poder que você tem de achar lendas enterradas, descobri que a sua pessoa, também, tem a magia de ressuscitar os mortos.
Naquele mesmo instante respondi:
- Você se enganou. Pois quem tem o dom de ressuscitar os desmaiados é o amor. Eu uso aqui, a palavra "desmaiado", porque na realidade ninguém morre já que a vida é eterna.
Uma vez quando eu era criança ganhei uma flor, deixei em cima da minha cama e fui brincar. Então, horas depois, achei que a planta estava morta por causa da aparência murcha. Deste jeito sai gritando:
- Socorro!
- A flor morreu!
Deste jeito minha avó, ao ver a aflição, falou:
- A planta não faleceu. Basta você colocar o cabo dela dentro de uma garrafa de água, que ela ressuscita.
No mesmo instante em que a anciã falou na palavra "ressuscitar" logo lembrei, das aulas de Religião, onde na Páscoa Jesus voltou à vida no terceiro dia porque tinha uma missão especial.
Logo segui os conselhos da minha vó e, também, cantei para a flor com o objetivo de que ela se sentisse amada. O resultado é que a planta foi voltando à vida aos poucos.
Depois liguei a TV e passou a cena de uma moça que se afogou na areia. Mas que voltou à vida quando um bombeiro fez respiração boca-a-boca na coitada.
Assim é o poder que o ser humano tem de ressuscitar as criaturas e os sentimentos. Com a água das nossas lágrimas e com a nossa respiração podemos recuperar amores perdidos. Ás vezes quando sentimos saudades de um amigo distante, que está em outra cidade, ou, que foi considerado desaparecido podemos visualizar o seu retorno se o nosso pensamento for puro e verdadeiro. Desta maneira, depois de algum tempo, ele pode entrar em contato conosco e voltar para fazer uma visita. Isto não é uma questão fantasiosa. Mas, sim, de fé. Pois só é capaz de ressuscitar os bons sentimentos do próximo quem, realmente, acredita no poder da Espiritualidade. Afinal já chamei com a força do meu coração, amigos que estavam a quilómetros de mim. Desta forma eles vieram ao meu reencontro porque ainda não tínhamos terminado juntos a lição do destino.
Luciana do Rocio Mallon
