Conheceram-se pela forma idêntica, ou diferente, como normalmente todas as letras se conhecem e estabelecem as suas relações.
O decisivo encontro deu-se após tantos outros em que apareceram no mesmo local, mas nunca, em português, lado a lado. Deram comigo, visionário dos casos impossíveis, e resolvi casá-los, aqui mesmo à frente de Vocês.
Ele e ela (H-M), unidos pelo meu imaginário laço, entraram então em lua de mel. Com ela ao colo, ele (H), depositou-a (M) sobre o leito nupcial e iniciaram o romanesco diálogo:
H - Filhinha, vira-te!
Ela (M), sem hesitação alguma, sacou as vestes nupciais e... virou-se... W !!!
Passados alguns meses da boda, daquele que era um casal sumptuosamente abastado, quando a "mesma coisa" começou a enevoar-lhes a felicidade, ela descobriu o incrível, e disse-lhe:
M - Filhinho, vou abandonar-te, por que não suporto e nem admito que, vires tu como virares, estás sempre na mesma posição... H !!!
O criado de quarto (h) que ouviu a sentença, desabafou entre dentes: ao menos a mim, que sou pequeno, ninguém me vira!
Torre da Guia
in "O Amor às Letras" |