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Cronicas-->2016 - Górpi... -- 04/09/2016 - 11:57 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Vez em quando recebo intercambistas para dar uma volta por São Paulo, jovens estrangeiros que vêm ao Brasil num programa rotário e ficam por Saltinho e Piracicaba; aí, um tour pela cidade, incluindo Mercadão, Praça da Sé, Centro Velho e Centro Novo, 25 de Março, Paulista, Ibirapuera e outros, até no Estádio do Morumbi já fui para levar a Ivânia, uma menina de Guadalajara no México. Nesse mesmo dia, estavam a Rebecca, da Alemanha e dois jovens do Equador, Ricardo e Humberto, com conhecimentos do futebol brasileiro e a Ivânia mais ainda, pela família ter lembranças do Brasil de setenta e do São Paulo ter jogado por lá muito bem.

Ainda bem que foi fácil explicar e tirar fotos do Estádio, inclusive do gramado, pois conseguimos passe para conhecer todo o Morumbi, uma deferência do porteiro, que entendeu quem eram aqueles jovens e com relação à cidade de São Paulo, desnecessário explicações por ser ela autoexplicativa. Também já trouxe a Anastásia da Rússia e seus pais, cujo conhecimento de nossa língua nenhum, sobrando a jovem com rudimentos para eu explicar sobre a cidade, porém quando elas viram lojas de bijuterias na Vinte e Cinco não foi preciso dizer nada.

Não tem jovem para este ano, ainda bem, já pensaram se eu precisasse traduzir o que seria golpe, a palavra mais escrita, falada e ouvida por esses dias, por todo o espectro da sociedade, cada hora servindo para um lado. O impeachment sem crime de responsabilidade é golpe, o fatiamento dele é golpe e assim golpe daqui e dali, perceberam a mesma palavra definindo situações diferentes, o que já é difícil de entender para nós mesmos, nativos e fluentes nessa “brasileiridade” toda. Tio, tell me about this...

Pra começo de conversa, só no Dicionário Houaiss a palavra golpe tem quinze definições, mais quatorze locuções. Pancada, se você deu um golpe contra a porta; traumatismo, se você tem manchas negras provocadas por golpes sofridos num acidente. Um boxeador dá golpes no ar, se ele não acerta o adversário; já um judoca dá um golpe perfeito, aplicando um ippon no oponente. Os bandidos de plantão vivem dando golpes nos incautos, com seus estratagemas, tramas ardilosas e criminosas. Quem dá um golpe na praça é aquele que aplica um desfalque, um rombo em alguma organização de atendimento popular, o que dizem dos dirigentes do Bancoop, vocês sabem quem e este golpe tem até nome – O Caso Bancoop.

Quando o Bill Gates criou o seu programa Windows, isso pode ser considerado um golpe de gênio, ou um golpe de mestre, igual Steve Jobs na Apple, diferente da situação da Dilma, que pode ter levado um golpe de misericórdia em sua carreira política futura e não tenho dúvidas do golpe certeiro dado nessa mixórdia toda, atravancando nossa economia.

Fião, leve o casaco para evitar um golpe de ar, que seria um ventinho gelado gelando o nosso pescoço e provocando dor de garganta. Dizem de o Renan ter desferido um golpe baixo na votação no Senado, indigno do seu cargo, mas parece que não, pela votação cordata obtida pela propositura, do fatiamento. Esta passagem política que estamos vivenciando vem sendo chamada de golpe parlamentar, em alguns órgãos de imprensa. Em outros, golpe de Estado, que é a tomada de poder pela força, sem a participação do povo. Lembrando que neste impeachment atual, o povo tem participado bastante e de ambos os lados.

Notícia é que não falta, até golpe de mar houve, quando aquelas ondas violentas derrubaram a ciclovia no Rio de Janeiro, aliás, o que houve de golpes nas Olimpíadas, tirando e dando medalhas e só no vôlei vi cada cortada, que mais pareciam golpes de martelos e quando o Bernardinho não se contentava com o golpe de vista ele pedia o tal do desafio. O Usain andou saindo e ficou uma impressão daquela garota querer dar o golpe do baú, não ficou não? Neste domingo, quatro de nove de dezesseis, gostei de uma definição do Miguel, já colocada no Postal que é o górpi – Dê um górpi dessa cachaça pra mim, vai, só um górpi...


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