> Ser completo é reconhecer o complemento não neste que está ausente, mas na
> parte que de teimosia lírica, se desprendeu.
> Onde está esta parte minha, que a vida sucumbiu sem deixar vestígios?
> Ser metade é amar a rebeldia da desprendida parte que se foi. Ser, como
> diria o grande autor de Romeu e Julieta. Somente ser.
> Vida, és caleidoscópio de inúmeras cores cada uma em seu momento de
> existir.; Venha parte minha! Que a união deixe de ser complemento para ser
> unidade.
> Lembro-me da casinha perdida das brincadeiras de infância, a inocência, a
> ingenuidade, a alegria em desprender-se de um espaço instante para um
> espaço reflexo. Quanta coisa se perdeu, quantas se acharam. O passar do
> tempo, torna remota a real importância do momento vivido. Me recordo a
> sensação de unidade que me prendia.
> Hoje vejo sombras de mim mesmo se dizerem donos de mim. E foi-se embora a
> infância, e com ela a inocência, a ingenuidade. A alegria se desprendeu. E
> com ela o veio a ilusão de que se está só. Parte minha, regresse de sua
> partida, venha de novo a mim, para que a nossa união tudo possa
& 61656.; acrescentar...
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