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Poesias-->DORES DO CÃO -- 06/12/2001 - 09:55 (Lia Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu sou aquele que está na contramão

Um rejeitado, um transviado, sem ilusão.

Eu sou a escória, o aflito.

Estou no chão.

Sou aquele que está na margem.

De mãos estendidas, implorando pão.

Sou o excremento, purulento,

virulento, instrumento sedento, nojento.

Sou indigente.

Inocente, penitente, indecente.

Tenho as chagas da miséria, as cores da podridão.

Reviro o lixo, sou como um bicho.

Sou a realidade da ficção.

Não sou homem, mas sou humano.

Das grandes verdades, eu sou o engano.

Sou o arranhão.

Não tenho vida, não tenho morte,

nem solução.

Sou o banido.

O escondido.

A frustração.

Eu sou o quisto,

Eu inexisto.

Sou o vilão.

Eu não fui convidado para a festa.

E o que me resta nesta aresta,

é ser o resto.

Ser como um cão.

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