Don´t Cry Daddy, uma canção escrita por Mac Davis, gravada por Elvis Presley em sessenta e nove - Don´t cry daddy. Daddy, please don´t cry. Não chore, papai. Papai, por favor não chore... E segue a letra, de uma filha pedindo ao pai para não chorar e propondo para juntos acharem uma mamãe nova em folha. Uma amiga do Facebook compartilhou no dia de hoje e coloquei aqui, por já querer escrever sobre Elvis Aaron Presley, conhecido como o Rei do Rock e um dos pioneiros do rock and roll. Elvis nasceu em trinta e cinco do século passado e morreu em setenta e sete aos quarenta e dois anos, no dia dezesseis de agosto.
O que aconteceu nesse dia, entre as dez e duas da tarde é um mistério, mas a situação de vida e de saúde causou um colapso fulminante, provocando comoção mundial. Elvis estava acima do peso, saindo de um divórcio tumultuado e viciado em medicamentos, enfim, assunto para ler nas páginas inúmeras sobre ele, assim como suas roupas, chamadas de jumpsuits, os macacões usados em suas apresentações, a partir de sessenta e nove. Uma de suas roupas mais famosas é a de um show no Hawaii, de janeiro de setenta e três, chamada de Aloha Eagle. Sim, os seus macacões recebiam nomes - Gold Suit, Black Leather Suit, American Eagle, Benefit, Azteca e outros.
Não sei a razão, provavelmente pelo Cine São Miguel, minhas lembranças do Elvis passam pelo filme Seresteiro de Acapulco, no qual ele é um salva-vidas de um hotel de luxo, tentando a carreira de cantor e se envolvendo com Ursula Andress, acabada de se tornar famosa por ter sido a primeira bond girl no filme de James Bond, Dr. No. Acapulco é um balneário mexicano na costa do Oceano Pacífico, onde em filmes aparecem os saltadores do Penhasco de La Quebrada, uma de suas maiores atrações. Fãs do Chaves sabem de Acapulco, por existirem três episódios gravados no balneário e de muito sucesso.
Imaginem para uma criança o significado de Elvis cantando "You can´t say no in Acapulco" na beira da piscina para aquela gente toda, com todas aquelas tochas acesas. Não sei explicar tal significado, mas que tinha um, tinha. E saindo do cinema, a vida era só Elvis e Acapulco; acho que nem Elvis acreditava na vida boa que levava nos seus adocicados filmes.
São Miguel, hoje, está a quilómetros de Elvis, porém nos anos sessenta o cinema o deixava pertinho de nós, quase dando voltas na Praça conosco, tal fascínio exercido em nós, meninos ainda, pelas praias, garotas, músicas fáceis, carros conversíveis, barcos, luaus. Tudo isso tem no seu maior sucesso - Blue Hawaii, aqui Feitiço Havaiano, onde ele é um ex-soldado, que após deixar o exército volta para sua casa no Hawaii e não quer trabalhar com o pai, preferindo ser guia turístico. Eu também não iria querer viver numa fazenda de abacaxis, podendo ficar nas praias e cantar No More - "No more do I see the starlight caress your hair
No more feel the tender kisses we used to share...". "Não ver mais a luz das estrelas, acariciando seus cabelos. Não sentir mais os ternos beijos, que costumávamos dar...".
Quem arrasou em um dos seus filmes foi Ann-Margret, nascida na Suécia e de carreira nos Estados Unidos. Ficou conhecida por estrelar Viva Las Vegas e segundo boatos ter tido um relacionamento amoroso com Elvis, parecendo ter sido o grande amor de sua vida.
Blue Suede Shoes, uma das músicas mais ouvidas por mim, por compor um LP das antigas que já tive, lançada em cinquenta e seis. Agora estou ouvindo uma coletànea - "Elvis Presley - 100 Essential Hits - The Very Best Of", mais de três horas e cinquenta e cinco minutos de suas músicas e, no momento, Blueberry Hill. Recomendo ouvirem Long Tall Sally, Blue Moon of Kentucky, It´s Now or Never e todas as que aparecerem em suas vidas, pois Elvis é essencial.
Voltando ao dia de hoje, quatorze de oito de dezesseis, Dia dos Pais, ouvindo Love Me Tender, desejo a todos os pais um excelente dia, com todos os abraços e beijos e ao meu pai, na sua moradia no espaço sideral toda a minha saudade.
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