Tenho olhos que não veem direitoficaram cegos de amororgãos quase perfeitosque nem sentem mais dorum coração inutilque bate no compassomas, diante da vida futilquase precisa de marca-passoa pele, ja sem vidadefinha envelhecidamas, ainda é tratadapodendo ser retiradae até re-utilizadafaço esta doaçãoa quem quiser ou precisarnão sei se terá sorteé um simples coraçãoque quase morreu de paixãoe, se bem fizerleve-o depois de minha morteTalvez faça até beme que possa ajudar a um irmãoNão vou olhar a quemsão orgãos que ja nem tem vidatalvez seja a vida para algueme que eu me faça em um instantea plena felicidadesó então viverei de verdadevendo a alegria em outro semblante.... Este poema foi feito tentando evidenciar quantas pessoas precisam de doação de órgãos e ficam em filas às vezes esperando até a morte. E nós, dejetos humanos, morremos convictos de que nosso corpo não serviria para nada.Lutemos por essas pessoas que tanto necessitam de nossa ajuda, mesmo quando não podemos ajuda-la...Mas, se na consciencia houver a certeza do que podemos fazer por elas, então poderemos ir em paz sabendo que ainda mais uma vez estaremos dando a mão para quem necessita!