Numa fazendola gaúcha, onde havia muitas plantações de piteiras, aquelas plantas que dão milhares fios de palha dura para fazer balaios, todos os anos havia a Festa da Pita.
Naquele ano um gauchesco todo formoso metido à poeta, foi chamado para declamar sobre a pita.
O guri chegou, tirou o chapelão da cabeça, arrumou o lenço vermelho no pescoço, tomou um pouco de chimarrão, pigarreou e começou:
— Nesta querência querida – onde A PITA ABUNDA....
— Ohhh! Tche... desculpem... errei... é assim:
— Nesta querência querida – onde ABUNDA A PITA...
Nem preciso dizer que acabou a festa da pita.
Mur
|