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Artigos-->LIVROS - DISTRIBUIÇÃO E VENDA -- 28/07/2001 - 15:38 (Luiz Carlos Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Numa entrevista que fiz com a escritora e editora Urda Alice Klueger, recentemente, aproveitei para indagar dela como é a distribuição de livros neste nosso Brasil. Sabemos como é publicar o livro: produzir a obra, editar, vê-lo impresso. Mas a distribuição é alguma coisa complexa, que envolve marketing, competência editorial e conhecimento das tendências literárias. E Urda, à frente da Editora Hemisfério Sul, de Blumenau, há três anos, nos diz que em todo este período que tem trabalhado para conseguir novos mercados para os seus livros, conseguiu coloca-los nas livrarias de Santa Catarina e Paraná. Por mais que tenha tentado, não conseguiu, por exemplo, entrar no Rio Grande do Sul.

As livrarias, como já sabemos, preferem publicar os best-sellers – livros que já fizeram “sucesso” em outros países, ou de autores consagrados, que têm venda garantida, às vezes até prescindindo de qualidade de conteúdo, no entanto.

E o problema torna-se um círculo vicioso, pois para uma pequena ou média editora, a dificuldade de distribuição significa venda deficiente e isto acarreta falta de dinheiro, que por sua vez inviabiliza a publicação de novos títulos. Em tempo: urda é a escritora que mais vende livros em Santa Catarina, mas só publicou um livro seu pela Hemisfério Sul – e, diga-se de passagem, ele já está na segunda edição – os outros saíram pela Lunardelli, editora com a qual mantinha contrato.

A situação não é isolada. Em recente matéria sobre a difícil tarefa de publicar livros, constatou-se que reeditar é ainda mais complicado, mesmo considerando-se que há livros importantes que estão esgotados há bastante tempo. As editoras catarinenses confessam não ter interesse em investir em uma política de reedição, pois acham difícil saber se haverá público para uma nova edição – o mesmo problema que acontece com o livro de um autor novo. Pior ainda se o gênero for literatura – conto, poesia, romance, etc. – a incógnita é muito maior do que se o livro for técnico, de Historia, esoterismo, auto-ajuda, reportagem, etc.

A alegação é de que só vendem os títulos de autores consagrados e assuntos atuais na época da publicação do livro.

Poesia, segundo editoras e livreiros, não vende. Conto e crônica vendem pouco. Romance vende, se for assinado por autor de renome ou se for enlatado – o livro já chega aqui com toda uma campanha de divulgação feita pela mídia para despertar a curiosidade e induzir a compra. Se o leitor vai ler ou vai gostar, é outra história. O importante é comprar.

O fato é que se procurarmos determinados livros de poesia, digamos, por exemplo, de Manuel Bandeira ou Cora Coralina, em qualquer livraria escolhida aleatoriamente, corremos o risco de não encontra-lo. Então perguntamos: como vendermos um produto, se não o temos para oferece-lo?

Nós, os autores “alternativos”, que fazemos edições de mil ou dois mil exemplares de livros de poesia, por conta própria, conseguimos vende-los, até com alguma rapidez. Algumas edições de mil exemplares esgotam em menos de um ano.

Não se vende porque não se oferece ou não se oferece porque não se vende?







Http://planeta.terra.com.br/arte/prosapoesiaecia



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