Brasília, 23 de setembro de 2008
Meu caríssimo Luiz Roberto
Presidente do DA da Faculdade de Americana - FAM
Acabo de receber a mensagem que você dirigiu a mim e aos meus amigos e mestres Leo da Silva Alves, Dayse Alencar, Ministros José Augusto Delgado, Humberto Gomes de Barros e Fontes de Alencar.
Li-a, em voz alta, imediatamente, mas antes chamei minha esposa Regina, porque a ela também tocava diretamente. Comentou comigo que se tratava de uma verdadeira aula de otimismo e confiança no futuro, porque você expressou não apenas seus sentimentos, de forma poética e alegre, mas de todos os seus colegas da Faculdade (a Joyce, a Denise, a Ellen, sua futura colega, e todos indistintamente), tão jovem e tão promissora, porque dirigida com muito critério e honestidade, contando em seu corpo docente, professores de elevada cultura e responsabilidade, como o mestre Arthur Antonio Ferreira, que, com sua elevada capacidade de liderança, concebeu a Primeira Semana Jurídica, com total êxito, não só pelo auditório qualitativo, mas também pelo valor dos conferencistas, que souberam transmitir lições imorredoiras de sabedoria, humanismo e Direito, acompanhados dos eminentes mestres da Casa.
Conseguiram descer do Olimpo para o planeta Terra, sem descuidar do conteúdo e da forma, permitindo que alunos dos primeiros semestres, profissionais do Direito e mestres pudessem desfrutar do prazer de se aprimorarem nas diversas áreas do Direito, num clima de confraternização e soberba participação e até de sorrisos.
Meu caro amigo, a Regina não se zangou com as brincadeiras que fizemos, durante a viagem para buscar os mestres Leo e Fontes de Alencar, pois ela também passou pelos bancos acadêmicos, bacharelando-se pela Faculdade de Direito de São José dos Campos, e ainda porque conhece, via marido, isto é, Leon, o espírito gozador dos antigos e atuais acadêmicos do Largo de São Francisco. Como lhes disse, durante a palestra, ainda calouro, recebi o diploma de burro, visto que ainda éramos neófitos na ciência do Direito (todos os calouros recebiam este diploma), com a sábia indicação: “ridendo castigat mores”.
Saiba, bom amigo, que vocês já estão gravados no meu coração e na minha memória para sempre. Não tenho procuração dos amigos que conosco participaram da jornada acadêmica, mas com certeza eles esposam a mesma opinião.
Repito que tenho fé e esperança, porque acredito, sim, na grande virada da civilização. Sou otimista. Sou um grande sonhador, com os pés na realidade. E sabem por quê? Porque vejo em toda parte, em todos os cantos do País, em todos os cantões do mundo, em todos os lugares, onde haja seres humanos, pessoas simples, letradas, ricas, pobres, remediadas ou, simplesmente, seres humanos, que querem viver, trabalhar, realizar, criar, enfim, gravar sua presença na Terra, com seus feitos, não importam quais, pois todos temos uma missão a cumprir, desde o agricultor que semeia a terra, o varredor que varre o chão, a mãe que amamenta e acalenta o filho, o estudante que estuda, o pescador que singra os mares, o escultor que cinzela a pedra bruta, o escritor que cria, o poeta que encanta o espírito, o músico que no eleva e conduz ao Senhor do Universo e tantos e tantos anônimos trabalhadores e obreiros que forjam as condições de vida para todos.
O que importa é termos um objetivo e palmilharmos, firmes e sem titubear, a estrada dessa grande aventura, na Estação Terra!
Assim, transmita aos nossos queridos atuais e futuros colegas meu caloroso abraço, minha amizade e minha admiração, extensivos aos seus familiares e mestres. E, se me for dada nova oportunidade, tenha certeza de que estarei com vocês para abraçá-los e compartilhar dias de muita felicidade.
Faço-o por seu intermédio, porque eles o elegeram presidente do diretório (no meu tempo chamava-se centro acadêmico, nome que ainda conserva) e assim dê-lhes ciência de minha alegria e satisfação de tê-los conhecido.
Porque a vida vale pelo que se faz de bom e se deixa gravado, para sempre. A vida é uma pequena viagem, entre felicidade, tristeza, amor, alegria sorrisos, muitos sorrisos, às vezes lágrimas. A vida é um passo entre o pretérito e o porvir. Oxalá, saibamos valorizar os bons e deliciosos momentos que a vida nos proporciona!
Do fundo do meu coração, um efusivo “até breve”.
Leon Frejda Szklarowsky
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