Usina de Letras
Usina de Letras
123 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62159 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10345)

Erótico (13567)

Frases (50569)

Humor (20027)

Infantil (5422)

Infanto Juvenil (4752)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Carta para Júlio Daio Borges -- 13/08/2008 - 00:31 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Publiquei em papel e gostei (III)

E mais uma. Existem meios de papel em que a gente publica e é remunerado, por incrível que pareça isso hoje em dia. Um deles é o Suplemento Literário de Minas Gerais. O estado paga, fazendo sua obrigação (ele tem uma, sim) de impedir que a cultura do País fique entregue ao mercado, pois o mercado é caótico, não organiza nada, ao contrário do que pensou o FHC em entrevista recente na Piauí.

Cheguei a publicar gratuitamente no Pensar do Estado de Minas, pelo menos uma vez. Depois reclamei com o João Paulo, que é o editor do Caderno. E ele me deu as costas, nunca mais publicou nada meu. E o cara fica pregando moralidades e filosofias na coluna dele de editor. Um dos problemas desses meios é essa hipocrisia. Inez Lemos também me disse que publicava lá de graça. É triste, pois quem escreve sabe o trabalho que dá escrever um texto, reler, corrigir, procurar quem leia para dar opinião, normatizar, comprar livros para atualizar com dados...

Vale a pena publicar pois há muito para ser dito e escrito nesse País. Como disse o Gilberto Vasconcellos, organizados para valer, no Brasil, são o exército e a Rede Globo. O governo FHC liberou a criação de faculdades particulares, Lula liberou o ensino à distância. Como em outros meios, aprofundou o processo. Ainda não vi nenhuma análise sobre esse processo de mercatilização do ensino.

E quem publica literatura deve experimentar com a linguagem, deve procurar inovar.




Escrito por lucemiro às 21h56
[(0) Comente] [envie esta mensagem] [link]





Ainda sobre publiquei e gostei

Voltando a falar nesse assunto, observo que movimentos que ressaltam o pouco ganho do escritor no processo todo estão corretos. Há um certo darwinismo social que defende que há espaço somente para alguns, outros devem rodar. É a vida, dizem. No entanto, Machado de Assis surgiu porque existia um meio que o acolheu. Com certeza ele era composto de gente que não escrevia tão bem quanto ele. Para existir um Drummond, foi preciso existir um Emílio Moura, um Bueno Rivera, um Abguar Renault: são poetas que poucos conhecem mas que fazem versos com versejador de qualidade.

Ainda é forte no Brasil o colonialismo cultural.




Escrito por lucemiro às 21h44
Verifico que está em voga em determinados meios da internet debochar e escarnecer do desejo de se publicar em papel. Para quê, perguntam. Eu publiquei em papel um livrinho por uma editora independente, a Dez Escritos, do meu amigo Fernando Gonzaga, que mora em Santa Teresa, Belo Horizonte.
E valeu muito a pena. Em primeiro, creio que existem coisas que ninguém pode escrever por mim: cada pessoa é única. Fernando (o Groza), editor e psicólogo, mostrou-se excelente leitor. E isso, quem escrever qualquer assunto precisa: alguém que leia e comente. A edição foi limitada, a repercussão, limitada a dois jornais do interior; em um deles eu era colunista. Eu tive que resenhar a mim mesmo. Mas fiquei feliz assim mesmo, pois assim informei meu público e orientei a emissão de significados a respeito do meu livro: eu o apresentei como um livro a favor das mulheres. Elas formam boa parte do público leitor e recebem menos ao exercer as mesmas profissões, ou seja, são oprimidas. Oprime-se também o feminino no homem.
Sempre que vejo um livro de autor iniciante ou recebo um para resenhar (já recebi de vários amigos: Ramon Maia, Wir Caetano, Johnny Guimarães, dentre outros) recebo e leio no maior respeito, quase como se fosse meu livro. Mas eu não me sinto na obrigação de fazer essas paráfrases que emitem juízos religiosos: "bom" ou "ruim". E resenhista bom tem que assumir que é crítico e tem idéias.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui