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cronicas-->2005 - Zeca -- 02/04/2016 - 22:44 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Os persas são gatos muito procurados por pessoas que vivem em espaços pequenos, como apartamentos, pois seus miados são baixos e pouco comuns, além do fato desses animais apresentarem um forte apego ao seu dono. Os gatos persas são meigos e carinhosos.”. Parte da descrição sobre os gatos persas, que você encontra no Wikipédia, mais que eles são originários do Irã, antiga Pérsia. Foi em dois mil e cinco que o nosso gato chegou e ganhou o nome de Zeca.

Zeca veio aqui de São Paulo mesmo, pelas mãos da Lígia e se encontrou em nossa casa, que eu acho que ele considerava vários apartamentos, pois a habitava separadamente em todos os espaços pequenos, a seu modo e ao mesmo tempo, parecendo ser mais de um. Você o via na poltrona e de repente, na cama, ou no túnel dele, ou em cima do armário. Paciência de Jó e de horas admirando uma lagartixa, no teto ou no vitrô. Não tinha interesse nela, penso eu, era por ser preciso fixa-la o mais tempo possível.

Pretensão achar que ele gostava de nós, tal o enfado e o “tô nem aí” que ele nos concedia, mas ao apontar o dedo ele se dispunha a saltar, parecendo um golfinho dando um peixinho, uma, duas ou três vezes. Às vezes, ele trocava e esfregava a face no dedo, suprema concessão a mim, principalmente. No entanto, no entanto...

Pois é, o Zeca ficou doentinho e nos deixou aos quinze minutos de segunda passada, antes do combinado provocando a saudade brava que estou sentindo neste momento, porém é o preço a ser pago por quem tem bichinhos de estimação. A Edna se manifestou dessa forma: “Perdi meu gatinho mais lindo, mais manso, bonzinho, carinhoso e fofo do mundo!! Fez onze anos em fevereiro, muito cedo. Foi muito rápido, perdeu apetite e consequentemente peso, nem água queria. Tá difícil, muito difícil!!! Ao meu gordo lindo, meu amor eterno.”. Depois, tristonha de tudo, se despediu dele mais um pouco, assim:

“Como pode alguém te entender, sem você explicar. Como pode alguém invadir sua vida e se apossar dela sem cerimônia, de leve. Como pode entender seus gestos e tristezas. Sem reclamar, sem cobrar, sem nem imaginar. Como pode estar ao seu lado horas a fio, sem esboçar nenhum movimento e quando você oferece um carinho, se larga todo na pequena delicia de um mínimo gesto. Como pode ficar sem comer os dois primeiros dias em que vc viaja e se toma de tristeza. E na hora da mala sendo feita, entra e te olha com jeito de "também vou". Como pode uma bolinha de pelo chegar na sua casa e tomar conta pra sempre da sua vida. Mesmo este sempre, sendo breve. Como pode pedir comida de um jeito e chamar pra dormir de outro. Existe amor assim e eu tive a felicidade de vivê-lo. Só que, de repente, me deixou e fiquei sem chão. Amei e amo demais meus bichinhos todos, sempre os tive, desde criança. Sempre sofri muito a perda de todos, mas esta está doendo muito e mais porque é agora sentida! Mas vai passar e outro virá, não para substituir, mas para continuar explicando e ensinando que amar sempre vale!”.

Recebeu da Leila: “Edna, muito lindo esses bichos de estimação entram na vida da gente, se tornam tão importantes que muitas pessoas que passam por nossa vida. Diferente do que muitos falam tem coisas que não substituímos e sim guardamos no coração e nunca são esquecidos. Beijo no coração.”. Da Angélica: “Só quem tem um bichinho de estimação e ama, pode entender o que vc escreveu Berthinha. Lindo, lindo!”.

Como disse uma amiga da Edna, ele virou uma estrelinha; outra disse que dói demais perder um de nossos bichinhos, mas tem certeza que eles estão bem, brincando na ponte do arco-íris e a mim, neste sábado dois de quatro de dezesseis resta concordar com todas elas e seguir na saudade do Zeca...


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