Eu era a Pátria amada Maine Vallery 8-7-2008
Caro Gabriel,esta é para dar disparos no coração! A manchete é tua:
Na cidade catarinense de Joinville,realizaram um concurso literário,de âmbito municipal.Venceu uma menina de 14 anos,com este texto:
"Certa noite,ao entrar em minha sala de aula,vi num mapa-mundi o nosso Brasil chorar:
O que houve,meu Brasil,brasileiro?
perguntei-lhe.
E ele,espreguisando-se em seu berço esplêndido,esparramando-se verdejante sobre a America do Sul,respondeu,chorando,com suas lágrimas amazônicas:
-Estou sofrendo.Vejam o que estão fazendo comigo.
Antes,os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.meu povo era heroico e os meus brados retumbantes.O Sol da liberdade era mais fulgido e brilhava na cena todo o instante.
Onde anda a liberdade? Onde estão os mais fortes?
Eu era a Pátria amada,idolatrada.
Havia paz no futuro e glorias no passado.
Nenhum filho meu fugia à luta.
Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil..
E eu era gigante pela propria natureza,que hoje devastam e queimam.
Sem nenhum homem de coragem,que às margens plácidas de algum riachinho,tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro da minha flâmula.
~E,não suportando as chorosas queixas do Brasil,saí de casa e fui para o jardim.Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro, que resplandece no lábaro que o nosso País ostenta estrelado.
Pensei...conseguiremos salvar esse País sem braços fortes?
Pensei mais....quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?
Voltei à sala de aula,mas encontrei o mapa silencioso e mudo,como uma criança dormindo em seu berço esplêndido" |