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Cronicas-->DESCARTÁVEIS -- 17/02/2016 - 03:45 (Dalva da Trindade S. Oliveira (Dalva Trindade)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:145848903634675900

DESCARTÁVEIS

 

Por que não nos esforçamos para preservar algo que nos parece tão bom, nos primeiros passos para uma aproximação?

Parece haver um tempo de validade para usarmos, até mesmo os relacionamentos, e descartarmos.

Impressionante como o ato do desapego é exercido com tamanha facilidade nesses momentos, em detrimento de outros que necessitam desta atitude..

É tão escancarado esse modo de agir que não só nos surpreende, mas agride os nossos sentimentos.

Gostaríamos de manter expectativas melhores sobre as pessoas sem que a indiferença gritante abrisse tanto os nossos olhos.

Esta fria realidade começa no grupo social mais próximo, na comunidade familiar e se estende, aos poucos, a um maior número de pessoas.

Onde andam todos aqueles colegas, amigos, conhecidos, parentes que sabiam nosso endereço, nosso telefone, as redes sociais que participamos, insistiam em fazer parte do nosso convívio, mostravam-se presentes e para quem éramos “especiais”?!

Aos poucos, satisfeitos os primeiros desejos da conquista de mais uma pessoa para exibir no seu grupo, como um pequeno troféu, tornam-se monossilábicos, introvertidos e desaparecem como se fossem meros documentos vencidos, sem utilidade, que ainda não tivemos coragem de retirar do nosso arquivo.

Descartáveis...

Sim, abandonados como objetos que não merecem, sequer, seleção para uma categoria de recicláveis.

Largados como algo que, eventualmente, esquecemos em algum lugar, não sabemos em que momento e não nos interessa mais recuperar.

Desapego é um ato louvável, mas tem uma aplicação real muito mais repleta de significados altruistas. Ele nos ensina o desprendimento de algo que valorizamos, mas que não temos o direito de exclusividade; podemos compartilhar.

Descartáveis sem direito a qualquer resquício de afeto... A imagem do desprezo pelos valores estimativos do que pensamos representar.

É ser relegado ao canto de um depósito, onde não mais existiremos para estes seres considerados humanos.

Descartáveis que somos...

 

Dalva Trindade S. Oliveira

(Dalva daTrindade)

17.02.2016

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