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Cronicas-->1985 - Duas alegrias -- 14/02/2016 - 19:21 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Duas alegrias, assunto de uma conversa outro dia e se bem me lembro, não lembro o que era e do nada me surgiu há pouco. Tenho vontade de ter uma piscina, pronto já passou, pois dizem construir uma ser uma alegria e desativar ser outra maior. Assim como ter uma chacrinha, um sitiozinho, uma casinha na praia, no morro, na montanha e tal.
O asunto surgiu, quando entrei numa piscininha de criança, que montamos no terraço da cozinha. Foi só alegria e, olha, nem me caibo nela, só que o geladinho da água quebrou todo o calorão da manhã ensolarada deste domingo. Até minha dorzinha de cabeçou principiou ir embora. Dor de cabeça que não tenho, por não ter uma piscina, embora devo admitir que ter uma piscina me atrai ainda.
Pois não é possível que elas só causem aborrecimentos, pelas tantas que existem por aí e pelas tantas que vejo à venda, em qualquer representante Igui. Na região piracicabana, pelo caldeirão de calor, são tantas à tantas. Nenhuma chega aos pés das águas do Taquaral pra frente, margeando a Rodovia do Parque, recém terminada. Quando passei a pé por ali, pensei voltar e ficar um dia inteirinho, mas não voltei... No momento, a piscininha de criança dá conta do master calor de agora e terminando esta darei um mergulhão nela, com mais de duas alegrias, pois lá por abril é só jogá-la fora e em novembro tem mais, assim assim.
O assunto me veio um pouco mais e a conversa era sobre isso mesmo: Vontades que temos de ter e quando temos, queremos não te-las. Uma conhecida queria porque queria uma chácara. Comprou e aquela alegria, até descobrir as mazelas de te-la. Só descansou quando vendeu e resgatou a segunda alegria. Passei por isso ao montar um bangaló, em oitenta e cinco; nem durou cinco meses, o suficiente para morrermos de frio um sábado daquele ano e rapidinho desmontar.
Depois andei alugando umas temporadas, até vender a edícula-bangaló, confessando não ter sido uma alegria a venda, porém era necessário para eu ter outra alegria de ser sócio numa fábrica, hoje me deixando tristonho pelo mercado leso e desnaturado de uma economia claudicante e severamente errada. Culpa todo mundo sabe de quem, ou de quems e nesse caso só alegria na hora do voto, para termos que chorar agora. Mas, deixe estar, quando essa turma deixar o osso, aí, podemos sorrir. Ando tristonho, só que alegre, o ano iniciou-se.
Triste deve estar o protagonista dessa lesma lerda, cujas explicações para seu sítio-puxadinho e seu triplo apartamento de praia não estarem dando conta de que o que é seu, não é. Não é como, se tudo é, pelas inúmeras vezes visitadas e churrasqueadas, bebericadas e alegradas pelo fim da vida, não fosse um lava-jato qualquer a limpar o protagonismo sujo e falsificado.
Desse buraco em que se meteram, eu não contribuí e espero que saiam para um quadradinho dois por dois, para meditarem sobre o que é sobrepujar alegria em cima de alegria alheia, transformando em tristeza sem fim. Por enquanto, estou esperando a hora da minha alegria.
Imaginem a alegria de quem correu comprar ações do Eike, se achando poderoso e detentor de um produto alegríssimo. Qual o quê, não foi vê-las esmerilhadas pelo sem noção mais alegre que este país já conheceu. Tão sem noção, que continua tendo mais de duas alegrias, todas, pois para ele parece nada ter acontecido. Já para os donos das ações zeradas, nem adianta falar, só ficar com o mico já tá bom demais. Conheço dois, esperando ocorrer a segunda alegria, se me fiz entender.
Neste domingo quatorze de dois de dezesseis, quente e já murchando um pouco, olhando a minha piscininha com seus dois litros d´água, quis tergiversar sobre compra e venda de algo, necessariamente não necessário, cujas alegrias de comprar e vender não passam de duas, as duas alegrias assunto de outro dia. Nada contrário a quem encontra mais de duas e até eu posso dizer que a casa onde moro tem me dado alegrias incontáveis, já esse governo...
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