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Cronicas-->O Voto Contra -- 11/01/2016 - 10:57 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Voto Contra

Este ano vencendo mais uma etapa da vida conquistei o sagrado direito de não votar. Com ele vieram as duvidas.

Há aproximadamente vinte anos, venho escrevendo sobre o direito de votar em branco. Uma crónica na coluna de ZH rendeu-me uma correspondência do jornalista JÁ Mendes Ribeiro, criticando minha posição e defendendo que deveríamos votar no menos pior. Na época violentei-me votando em Olívio Dutra, na tentativa, coroada de sucesso, de não permitir a reeleição de António Brito, o mais decente ex-governador, pois após deixar o governo dedicou-se a falir empresas privadas não fazendo como outros a exemplo de Amaral de Souza que morreram afundando empresas estatais, só não conseguindo afundar o BANRISUL, por ser rentável demais.

Tenho o direito de não votar mais, o que talvez mais uma vez me obrigue a violentar-me utilizando o voto de rejeição, como fiz em outubro de 1998, votando em quem não devia simplesmente para que não fosse eleito o menos pior.

Há muito venho perguntando-me sobre a Democracia. Muamar Kadafi o ditador da Líbia dizia-se menos ditador que os presidentes dos países, para quem um presidente não representava a vontade de um povo, mas sim a vontade de um partido, muitas vezes, nem desse havendo unanimidade. Dizia-se ele ter mais legitimidade do que um presidente eleito com 40 por cento dos votos, pois ele liderara uma revolução com 70 por cento do povo do seu pais. Que democracia e essa em que sou ou obrigado a?

- A votar num vice que não concordo, para poder eleger um titular correto. Ou ao contrario votar no titular rezando que ele morra para que o vice assuma.

Se quiser colocar no meu carro a propaganda de determinado Vereador ter de arrastar a de uma majoritária que não tolero.

A aceitar que a farsa da independência de poderes, quando os Ministros de STJ, são indicados por honra glória e graça do Legislativo, bem como seu presidente que pode ser até alguém de fora, um advogado politico ou politiqueiro.

Onde um Prefeito, Governador ou Presidente não tem liberdade de escolha dos seus assessores, sob pena de perder os partidos que o elegeram. Creio que Cruz Alta, perdeu o possível único, que teve nos quarenta anos de pós-revolução, por não dobrar-se aos politiqueiros.

Durante toda a minha vida participei de quatro campanhas politicas. Na primeira, muito jovem ainda, perdi-a apesar do meu candidato a vereador ter sido eleito. Um jovem bobalhão que dali para frente nem importància mais me deu. Ele era casado com a tataraneta de uma baronesa e filha de um médico e eu, o filho da costureirinha. Na época, pior que os médicos os descendentes de noventa por cento dos médicos pensavam que eles eram semideuses, os dos outros dez por cento tinham certeza que eram descentes de Deuses. Somente acertei na terceira, trabalhei por um vereador que ganhou a eleição, e eu não perdi meu voto nem para prefeito. Nas duas outras foram perca total.

Com a existência de um verdadeiro Mercado Persa de um segundo turno, onde tudo se negocia. Onde os cargos públicos são leiloados, resultando numa administração de pessoas muitas vezes sem competência. Alias competência, conhecimento e outros atributos são meras figuras decorativas perto de quem esta indicando. Um agricultor, ex-prefeito de uma vila, por não conseguir nem passar na convenção do partido, foi chamado a compor a Diretoria da maior Estatal.

Se não tenho obrigação de votar, muito menos de trabalhar para alguém na eleição. Porém ao usufruir poderei estar ajudando a eleger quem não deve. Já tenho por certo, pessoas, que se candidatos a vereador o forem, farei campanha politica negativa. E ao pensar em campanha negativa assoma-me a ideia de porque não existir o voto negativo ou voto da rejeição? Já pensou que posso conseguir, só num bairro, mais de mil votos contra uma pessoa?

O voto negativo evitaria substituiria o maléfico voto da rejeição. Onde se acaba elegendo o menos pior para escapar do pior, ou votando no Coisa Ruim para escapar do Demo como dizia Leonel Brizola. Existindo o voto negativo, ou voto da rejeição, apareceria um problema, com que legitimidade iria assumir uma prefeitura algum que teve vinte por cento a mais de votos negativos?

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