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cronicas-->A crónica de Vània Diniz (sobre o preconceito) -- 03/06/2001 - 22:41 (Georgina Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ainda ontem pensava no assunto e eis que surge na Usina uma crónica de Vània Diniz sobre a questão do preconceito. O tema é sempre muito propício e fiquei motivada a também escrever algumas palavras. Tendo a autora relacionado o preconceito às " mentalidades incultas ", solidarizo-me com a sua afirmativa, ressaltado o fato de que essa postura muitas vezes coexiste em pessoas de aperfeiçoada instrução acadêmica ou ampla "cultura erudita". A cultura a que nos referimos está ligada à percepção de mundo, independente desses fatores.

A educação e o respeito ao próximo passam por uma questão ética, esta permeada pela capacidade empática. A empatia, obviamente, poderia muito bem ser aplicada para o aperfeiçoamento da perversidade verbal e comportamental evidenciada na atitude preconceituosa. Através dela, sabemos o que pode ferir o outro, magoando-o e reduzindo a sua auto-estima. É quando surge um outro fator: -o gostar de si mesmo e a apreciação que se faz enquanto ser humano.

O indivíduo possuidor de uma base emocional que lhe permita uma manutenção dos valores internos e uma convivência amorosa consigo mesmo, tem consciência do quão grande é ser humano. E essa percepção naturalmente se expande, atingindo os semelhantes. Ele não vive apenas de sua dor existencial, mas reconhece seu valor e suas qualidades, utilizando sua sensibilidade para uma melhor compreensão do outro.

Como todos esse fatores pertencem a uma disposição psíquica, atributos intelectuais e acadêmicos não minoram a disposição para o preconceito. A prática social constante do indivíduo decorre daí e ele obtém ganho secundário causando sofrimento aos seus eleitos.
Racionalizações ridículas dão suporte às atitudes preconceituosas e a postura dos agressores é sempre soberba e cínica. Adentram pela opção sexual do outro, desprezam profissionais desprestigiados pela baixa remuneração, brancos e negros discriminam-se entre si, gordos sofrem restrição no mercado de trabalho, patrões ou funcionários são boicotados na estrutura empresarial etc.

Em rodas de amigos, os comentários fazem-se ridículos, pois as mais variadas situações podem surgir no decorrer da vida. As sádicas gargalhadas vivenciadas em grupo hoje, podem ser dirigidas a nós mesmos num futuro próximo. Quem não conheceu alguém que, à deriva das intempéries financeiras, perdeu cada um dos amigos com os quais convivia ? Com a missigenação existente em nosso País, você desconhece a possibilidade de um neto vir a sofrer maus-tratos ou agressões verbais? Como nos sentiríamos ao vivenciar a dor de um filho demitido do trabalho por conta de uma doença carregada de estigmas como a Aids?

Sempre propícia, Vània, a abordagem do tema!













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