Apocalipse
Autor: Daniel Fiuza
10/07/2001
Mergulho no escuro, queda sem fim,
Vendo somente nesga de claridade,
Inquietação ouvindo esse clarim,
Negando os fins na minha verdade.
Infrutífera busca, toscos pensamentos,
No ecletismo puro da sua vaidade,
Vivendo frias batalhas e tormentos,
Escudos das mentiras e falsidades.
Campos de guerra, inimigos invisíveis,
Com suas enormes e mortíferas armas irreais,
Surrealista cenário de feitos impossíveis
Lutas fictícias, de seres abomináveis imortais.
Tropel escandaloso de Negros cavalos,
Com tenebrosos e sangrentos cavalheiros,
Ceifando a vida em pequenos intervalos,
Num rastro singular de dor e desespero.
Sangue de todas as cores escorrendo,
A terra se abrindo em abismo profundo,
A desgraças e o mau cheiro espalhando,
Carnificina, determinando o fim do mundo.
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