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cronicas-->1952 - Amácio, Fortino e Mejia -- 20/11/2015 - 22:43 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nem o Mazzaropi chegou perto. Eu dizendo do nosso artista longe de uma bilheteria de todos os James Bonds, porém mais perto do coração de todos nós naquela época de Cine Teatro São Miguel, com alguns dos seus filmes, quando eu, pelo menos, morria de dar risadas. Depois me lembro, no campo do Esporte, ficarmos arremedando o tal, com seu jeito de andar e voz acaipirada. Mazzaropi, nascido Amácio em mil novecentos e doze, viveu sessenta e nove anos tentando ser ator e cineasta brasileiro e conseguiu.
Seu primeiro filme é de cinquenta e dois, Sai da Frente, quando ele como Anastácio, e seu cãozinho Coronel, é contratado para levar um frete até Santos. Daí só alegria. Outro dia até assisti, acho que na Cultura. Depois de mais alguns filmes, criou a sua PAM Filmes e produziu o Chofer de Praça, início de sua parceria com Geny Prado. Seu filme mais famoso é Jeca Tatu, de cinquenta e nove e baseado no personagem de Monteiro Lobato, seguindo com outros filmes desse mesmo personagem e parodiando os spaghettis westerns lançando em setenta Uma Pistola para Djeca, com capricho nas cenas de ação, tiroteios e lutas de bar.
Candinho, O Corintiano, Casinha Pequenina, O Noivo da Girafa, O Gato de Madame, Chico Fumaça, Betão Ronca Ferro e os já citados compõem sua lista de trinta e dois filmes em vinte e oito anos de atividade. Seu último projeto não chegou a ser filmado, Maria Tomba Homem, por Mazzaropi cair gravemente doente com sintomas de càncer, vindo a falecer em oitenta e um. Mais do Mazzaropi em "museumazzaropi.org.br", virtual e em Taubaté.
Parecido, mas premiado ator e humorista mexicano, foi Fortino Mário Moreno, que vocês devem conhecer por Cantinflas. Em Hollywood ele fez apenas dois filmes, Pepe foi um fracasso, mas A Volta ao Mundo em 80 Dias, foi um enorme sucesso de bilheteria e Oscar de Melhor Filme em cinquenta e seis. Eu tenho este filme bem na minha memória e de te-lo assistido no nosso Cine São Miguel. Era com David Niven, Shirley MacLaine entre inúmeros outros famosos na época e Cantinflas fazia Passepartout, fiel escudeiro de Phileas Fogg, o nobre inglês que aposta numa volta ao mundo em oitenta dias.
Saber mais, pelo filme ou pelo livro de Júlio Verne. Uma das cenas que guardo é a de Peter Lorre já ferido jogando uma faca no bandido para salvá-los de uma queda na cachoeira e este mesmo Peter fez papel do vilão Le Chiffre, numa das primeiras adaptações sobre James Bond, antes da era Sean Connery, lembram-se.
Não estou com saudades, mas dá para perceber que estou sentado perto da saída lateral do nosso cinema, chupando uma bala Chita de menta e assistindo a esses filmes todos, ni qui me entra a lembrança de Miguel Aceves Mejia e de alguns filmes cantantes que ele fez e eu os assisti. Rei do Falsete e da Era de Ouro do cinema mexicano, ele fazia papéis parecidos com vaqueiro, sacava do seu violão e soltava pérolas como La Malagueña - "Que bonitos ojos tienes, debajo de esas dos cejas, que bonitos ojos tienes... Malagueña salerosa, besar tus labios quisiera...". Arrasava mesmo com Cucurrucucu Paloma - "Dicen que por las noches, no mas se le iba em puro llorar... Ay ay ay ay ay, cantaba... Cucurrucucu, paloma, cucurrucucu, no llores...". Evidente que fui ao YouTube e ouvi - Malagueíiiiiíii minha salerosaaa... Citei só duas, mas Miguel Aceves gravou mais de mil e seiscentas canções e nessa época de fank, fenk, fink, fonk, funk, não seria ruim dar uma olhada, ou ouvida.
Mazzaropi também cantava e uma delas foi Tristeza do Jeca - "Nestes versos tão singelos, minha bela, meu amor... Eu nasci naquela serra, num ranchinho beira-chão...". Dele mesmo cantava A Dor da Saudade - "Olhando o passado, quem é que não sente saudade de alguém... E até das mentiras, que fazem sonhar...".
Voltando para este vinte de onze de quinze e, claro, ouvindo Mazzaropi cantando essa música. Verdade, podem digitar no YouTube: Mazzaropi cantando, pronto!
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