Enquanto o chamado crime organizado avança em ousadia e em “eficiência”, o governo caminha na direção oposta: desrespeita a Carta Magna, quando não concede aumento anual e linear para os servidores públicos; quando não corrige, como devia, a Tabela do Imposto de Renda; quando não apura, com vigor, os escândalos que pipocam, de tempos em tempos, envolvendo parlamentares, empresários, servidores públicos de expressão e até juízes.
Ninguém vai preso. E, aos poucos, as notícias vão diminuindo, até sumirem das páginas dos jornais; quando são substituídas por novos escândalos, com prazo de validade mais atualizado.
E a sociedade, com a sensação da impunidade que grassa neste país, vai, aos poucos, esquecendo de tudo, e comparecendo, teimosamente, de tempos em tempos, para votar e renovar todo o processo político que, a rigor, não se renova.
E vivam as pesquisas eleitorais. O risco-Brasil e as variações cambiais. A agiotagem e as especulações financeiras.
A sensação de impunidade. E tudo o mais.
ATÉ QUANDO IREMOS ESPERAR O BOLO CRESCER PARA PEGAR NOSSO PEDACINHO DESTE LATIFÚNDIO?
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