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Cartas-->Carta ao Presidente Lula, aquele que fugiu do Mobral -- 09/05/2008 - 10:20 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta ao Presidente Lula

Brasília, 9 de maio de 2008.

Sr. Presidente Lula,

Vossa Excelência, por ser ignorante ou embusteiro, não sabe ou finge não saber que antigamente a Linha de Tordesilhas delimitava as fronteiras do Brasil. Assim, quando Cabral chegou ao Brasil, a Amazônia e todo o atual Centro-Oeste brasileiro pertenciam à Espanha, não a Portugal, desde 1494.

Foram os portugueses que nos legaram a Amazônia, com sua ocupação física e a manutenção daquela imensa área, com a construção de inúmeras fortificações militares, como o Forte Príncipe da Beira, no Amazonas, em 1776. E quem tomava conta desses fortes? Não eram os índios, Sr. Lula, eram os militares - assim como, até hoje, são os militares os únicos que se sacrificam servindo em Pelotões de Fronteira, tanto na Amazônia, como no Pantanal matogrossense (Forte Coimbra), enfrentando a malária, ONGs e sujeitos despreparados como o Sr., e são os únicos que têm condições reais de manter aquela extensa área sob o domínio do Brasil, área essa que outrora era denominada de Hiléia ou Inferno Verde.

Índio nunca tomou conta de nada, Sr. Lula, já que não tinha condições bélicas para enfrentar os bandeirantes portugueses e brasileiros, muito mais bem-armados. Em 500 anos, os índios não aprenderam sequer a plantar feijão e arroz, e criar algumas galinhas, para seu sustento próprio, por isso exigem hoje esses latifúndios raposânicos e ianomâmicos em Roraima.

Para que o Sr. tome conhecimento do histórico de ocupação da Amazônia, sugiro que leia a monografia do coronel-aviador Márcio João Zanetti, disponível no endereço http://library.jid.org/en/mono45/Zanetti%20.pdf.

Presidente Lula: volte à escola, já que no passado o Sr. fugiu do Mobral!

Atenciosamente,

Félix Maier
Capitão do Exército - QAO R/1


***


ÍNDIO JÁ DEFENDIA AMAZÔNIA ANTES DE MILITARES, DIZ LULA

Tribuna da Imprensa, 090508

Presidente rebate argumento de general Augusto Heleno de que política indigenista é "caótica"

BRASÍLIA - Com elogios ao patriotismo dos índios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu ontem o argumento do general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, de que a política indigenista é "caótica" e que a criação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, na fronteira de Roraima com a Guiana e a Venezuela, ameaça a soberania do território nacional.

Em discurso durante o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), no Palácio do Planalto, o presidente chamou de "bravata" a tese dos que vêem riscos de ocupação estrangeira. "Quem fala isso não fala com muita convicção", disse. "Acho que quem quer as coisas de verdade, não tem que ficar fazendo bravata", completou. "Se ela foi nossa desde que aqui Cabral pôs os pés, por que nós agora temos de ter preocupação com a Amazônia?"

Ao lado do líder indígena Gecinaldo Sateré, Lula observou que os índios já defendiam o território amazônico antes da chegada dos militares à região. Na avaliação do presidente, os "confrontos" nos debates sobre o assunto resultam da ignorância e da falta de informação.

"Muitas vezes, somos contra ou a favor, sem saber muito, pelo que ouviu dizer", afirmou. "Quem ousa dizer que os índios colocam em risco a soberania do País? É só ir em São Gabriel da Cachoeira para a gente perceber que grande parte dos militares é índio, que está lá vestido com a roupa verde e amarela de nossas Forças Armadas."

No discurso, visto por pessoas na platéia como um recado ao Alto Comando Militar do qual o general Heleno virou porta-voz informal, Lula lembrou que índios foram e são usados na demarcação e proteção das divisas. Embora não tenha lido o discurso, o presidente demonstrou ter se preparado para o pronunciamento.

Foram os macuxis, ingaricós, wapixanas e tarepangues, por exemplo, etnias que vivem na Raposa Serra do Sol, que ajudaram o marechal Cândido Rondon a estabelecer os limites da fronteira de Roraima e pegaram em armas contra milícias inglesas. "Quando não tinha Exército, quantas vezes foram os índios que defenderam as nossas fronteiras?", voltou a questionar. "Por que há esse antagonismo desnecessário?"

Na última quarta-feira, Lula definiu com ministros que aumentará o efetivo militar na região de fronteira. A visão do governo, explicitada no Plano Amazônia Sustentável, é que a soberania da Amazônia, na sua parte brasileira, depende também da inclusão social, de direitos de cidadania e de obras de infra-estrutura que levem em conta o meio ambiente.

O presidente comparou a situação dos índios aos cidadãos de favelas de cidades sem infra-estrutura. "Obviamente, se um índio não receber as funções do estado, vai ser tão rebelde quanto um cidadão numa favela do Rio sem água e esgoto", disse. "O que está faltando ao Brasil é assumir a Amazônia dentro do seu discurso.

"HUMANIDADE"

O presidente disse que tomou conhecimento de um livro do século XVI que contava a história de um norte-americano que considerou o Rio Amazonas uma extensão do Rio Mississippi. "Como tem gente que acha que a Amazônia tem de ser da humanidade", comentou.

"Achamos que é, que precisa produzir benefícios para todos os seres humanos, mas temos de dizer em alto e bom som que quem cuida da Amazônia é o Brasil, quem decide o que fazer na Amazônia é o Brasil", ressaltou. Ele recomendou aos críticos que procurem informações sobre a "sabedoria" de especialistas e de gente que vive na região para entender a floresta.

"Somos quase analfabetos no conhecimento que temos da Amazônia." Na platéia, além de ministros e representantes de ONGs, estavam os governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e do Pará, Ana Júlia Carepa, dirigentes dos estados com as taxas mais elevadas de desmatamento.

Maggi, maior alvo das entidades ambientais, acompanhou o discurso de Lula sem demonstrar concordância ou discordância. Sentado e de braços cruzados, ouviu também o discurso do índio Sateré. "Temos orgulho de ser brasileiros", afirmou Sateré, empunhando uma bandeira do Brasil. "Não somos um perigo à soberania nacional."


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