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Artigos-->EVASIVAS -- 28/09/2003 - 22:41 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EVASIVAS





Filemon F. Martins





Num passado recente, o Partido dos Trabalhadores foi o maior partido de oposição ao governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB e PFL. Assim que assumiu o poder, o PT começou a dar sinais de que sua política é dúbia. Na teoria prometeu uma coisa, mas na prática faz exatamente igual ao seu antecessor. Impossível saber se os caciques do PT, antes das eleições, discursavam daquela forma para conquistar eleitores descontentes com a política recessiva dos tucanos ou se, ao tomarem gosto pelo poder, foram seduzidos pelo poderio econômico da elite, ao ponto de o senador Aloizio Mercadante ter afirmado: “se no governo de Fernando Henrique foi assim, por que não poderemos fazer também ?”

O problema é que o povo está ficando cada vez mais descrente dos políticos. O modelo político neo-liberal não funcionou e foi derrotado nas urnas, com a eleição de Lula, que, inexplicavelmente, continuou a política que ele mesmo reprovava. Lembro-me de que, em certa ocasião, numa negociação com empresários, Lula afirmou que “o trabalhador não admitia estar almoçando na empresa onde trabalhava, enquanto seus filhos, em casa, passavam fome.” Mas Lula e o PT mudaram. Além de exagerarem na gestão econômica cruel e desumana, não perceberam que o desemprego aumenta assustadoramente e os salários despencam.

Não sei até quando o trabalhador e contribuinte vai agüentar, mas tudo está caindo sobre seus ombros. Ainda não ouvi, com raras exceções, nenhum Deputado Federal ou Senador da República falar em reduzir a carga tributária que se abate sobre o consumidor, via produção e comércio. O que se vê é a subtração de direitos dos trabalhadores através das Reformas da Previdência e Tributária. Tudo está mais caro: água, luz, telefone, combustível, gás, remédio, planos de saúde, supermercado, enquanto Políticos e Governadores comemoram, na Câmara e no Senado, a mudança de endereço do dinheiro para esta ou aquela região, este ou aquele Estado.

Já entramos na Primavera, mas economicamente ainda continuamos no tenebroso inverno do muito falar e pouco fazer. Muita ostentação e pouca competência. Não se pode conceber que grandes empresas ou bancos e apenas cito alguns exemplos, como, Cia. Vale do Rio Doce, Banco Itaú, Coteminas e Embratex, Telefônica/Telesp, Santander/Banespa, Banco Bradesco, Sadia, Cia. Suzano de Papel, Banco ABN Amro/Real, que apresentam todo ano balanços contábeis, com lucros extraordinários, não possam ou não queiram pagar suas dívidas à Previdência, sem mencionar, aqui, a dívida de grandes clubes de futebol.

Em São Paulo, a Prefeitura tem implantado alguns programas sociais que, embora circunstanciais, merecem aplausos, mas são paliativos, não uma solução. Não se faz inclusão social com cestas básicas, vales, bolsas e blá, blá, blá. O Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, afirmou “que não sabe se serão gerados 10 milhões de empregos durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como prometido na campanha eleitoral. Não é impossível; é possível desde que a economia cresça.”

Como se sabe, a inclusão social só se dará através da geração de empregos e, principalmente, através da educação, que é um projeto a longo prazo, e o Brasil nunca levou a sério, haja vista a situação do ensino e do professor, no Brasil, esta é a verdade. Aliás, a sério mesmo o Brasil só encara o pagamento de juros da dívida com o capital financeiro internacional. Assim, não há investimentos na educação, ( não é por acaso que o Ministro da Educação anda louco da vida), não há crescimento econômico, a saúde está na UTI, já que o dinheiro da CPMF foi desviado para outros fins e não há segurança também. A continuar este caos, seremos eternamente um País do futuro, um País emergente, submisso aos países ricos, exploradores e prepotentes.











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