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Cronicas-->1986 - Bafão -- 13/10/2015 - 19:24 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo bom. Oba, prazer... Tudo bom. Sabem aquela rodada de apresentações, quando você inicia um novo emprego. Sorriso amarelo, sorriso azul, olhares e soslaios variados. Nomes, nenhum gravado. Somente depois, da sua mesa apresentada e sente aqui e os quaisquer coisa, necessário pedido, peça para a moça, que ela verá para ti. Você senta e pensa - E agora... Enquanto todos ficam te medindo, esperando ouvi-lo e vê-lo se borrar todo. Não se pode perguntar do banheiro, por ser cedo demais e melhor se contorcer, caso uma necessidade número um , ou dois, apareça. Pior quando sua mesa fica encostadíssima em outras duas e você olhando pessoas à sua frente, cochichando ao telefone. Naquele momento, vinte e nove anos passados, eram um casal de dois, ou mais, pelo que representavam.
Não prestei atenção, se o motivo era eu; nem tive tempo, pois o monte de requisições atrasadas despencou sobre a mesa e, ó, o telefone aí. Comé qui faiz, só me deram uns impressos, de apelidos tapetão e tapetinho, bem esclarecedores. O tapetão tinha uns oitenta por sessenta centímetros, dobrados em três. O tapetinho era um carimbo que você carimbava no verso da requisição em a-quatro. Alta tecnologia, como já perceberam.
Peguei a Bic azul e fui à luta, com aquele telefone preto, de nenhuma memória hoje, nesses tempos de smartphone e e-mail@com.br. Ao final do dia, quinta, ao final do dia seguinte, sexta, já tinha praticamente acabado com o atraso. Indo para casa, pelas nove, dez da noite dei por mim e pelo bafão causado e surgido.
Não achei bafão no Houaiss; achei bafafá, que é conflito entre muitas pessoas, ou desordem, confusão. Não se aplica aqui, pois não chega a ser conflito, ou confusão. É apenas bafão, cuja origem é francesa, do bas-fond (báfón) e seria um ruído de fundo, discreto e, ao ser introduzido no Brasil, o foi feito pelo entendimento errado e pode se usado no lugar de pisando na jaca. Por exemplo - O cara ali, bebeu todas e deu o maior bafão na festa ontem...
O meu bafão causado foi pelo oposto do seu sentido. É que acabei com o atraso dentro de uma sutileza e discrição não conhecidas pelos cochichadores, donde posso dizer que o bafão seria mais deles que meu, mas pespegou em mim.
Tudo isso acima, porque desde quarta passada tenho um novo bafão pespegado em mim e de novo não seria meu, e não é, clareando a situação. Não é meu, mas vem sendo e, olha, sem bafafá, apenas por estar sendo encaminhado pelo mesmo cochichador daquele momento de vinte e nove anos passados. Como pode? Oras, podendo. C´est la vie, eu diria em Paris, mas não estou e nada de célavi pra cima de moi.
Hoje pela manhã já devolvi ao devido bafonnière, palavra que não existe, só inventei para poder devolver à alguém que o criou, sem citar o seu nome, não merecedor de crédito nenhum. Vamos de bafonnière mesmo, pelo dito cujo ser mestre em causar bafão e, do nada, colar em outro.
E vejam como o tal bafonnière é mestre mesmo. Mal saí do de quarta passada, já tenho o de hoje pespegado, vai ser bão em bafão assim lá na Conchinchina; mas deixe estar, estou pensando cá comigo - Esse vai ser o último. Caso alguém filme seu nome será The Last Bafon, ou Le Dernier Bafon...
Escrevendo esta para expiar uma semana bafónica, entremeada por um feriadão, que não vi passar e até o meu celular esqueci na sala de exames, tão atrapalhado fiquei com o equipamento de coletar xixi. Ainda bem que guardaram e busquei dia seguinte.
Expiei o de quarta passada e agora me resta trabalhar o de hoje, para eu expiá-lo terça que vem, com a ajuda de óleo de peroba, pois o de hoje veio acompanhado da maior cara de pau, que o referido Bafonnière nem se preocupou em disfarçar. Só que nesta terça, treze de dez de quinze, eu já disse ser o último e não estou a fim de escrever The Last Bafon Two...
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