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Cronicas-->2005 - Dez e Mais de Quinhentas -- 05/10/2015 - 18:58 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Atrás dez anos, enquanto o casal Miguel e Vera debatia a criação do Postal, aquele quinze de outubro continuava o seu moto contínuo, num sábado de sol e de lua, pois o Universo estava firme e a Via Lactea resplandescente como sempre e como agora e como depois. Porém algo estava em conluio, torcendo pela criação. Seria a conjunção dos planetas, das estrelas, ou um meteoro especial a caminho, para cobrir de significado o nosso Postal e suas mais de quinhentas edições. Digo que foi tudo isso, mais a nossa confiança nos seus propósitos.
A novela global do momento era América, aquela que uma brasileira movida pelo desejo de realizar seu grande sonho, tentava morar nos Estados Unidos e para tanto cometia uns desatinos. Era a Sol, personagem de Débora Secco. A Revista Nova trazia como chamada de capa as "dicas" para você ser sexy no verão seguinte. Na Revista Veja podíamos ler uma entrevista com a Hebe Camargo, com o título de A Rainha do Palpite, pois ela dava suas opiniões sobre tudo e sobre todos. A matéria principal era A Terra no Limite, com os estragos provocados pelos humanos e outra matéria falava dos negócios do Vavá, irmão do Lula, que hoje, do Vavá, ninguém se lembra mais, uma vez ter sido soterrado por escàndalos maiores. O campeão do Paulistão foi o São Paulo e do Brasileiro foi o Corinthians, que poderá ser novamente.
O Presidente da Càmara dos Deputados era Aldo Rebelo, que continua no Governo e o Presidente do Brasil era o Lula, que continua no Governo. O Governador de São Paulo era o Geraldo Alckmin, que continua no Governo. O Prefeito era o Celso Mossin, que não continua no Governo. O artilheiro do Brasileirão daquele ano foi o Romário, que, olha, está no Governo. Agora no Governo mesmo estava o George W. Bush, Presidente dos Estados Unidos, que hoje está bem quietinho, como deveriam ficar os ex-presidentes brasileiros.
Do cantor Roberto Carlos não lembro nada de dois mil e cinco, só de Detalhes, que é de setenta, setenta e um. Também não me lembro da capa da Revista Playboy de outubro desse ano; era a Camila Amaral, que foi a Musa da CPI do Mensalão e o Mensalão de hoje chama-se Petrolão, cuja musa todo mundo sabe quem é.
O Segredo de Brokeback Mountain foi um filme de sucesso, retratando um drama romàntico e complexo de dois homens, nas Montanhas Big Horn em Wyoming, Estados Unidos. Foi por demais falado naquele ano; imaginem hoje, então, com a sua temática. Um dos atores, Heath Ledger, já não se encontra mais entre nós. Por aqui, quem fez um certo sucesso foi o filme 2 Filhos de Francisco, Zezé e Luciano. Hoje, o Zezé anda sem voz e sem a Zilu.
A inflação rondava os zero vírgula sessenta por cento ao mês e o dólar pelos dois e trinta, que diferença não. A economia de São Miguel estava voltada para o setor agrícola, com o cultivo de uvas do tipo Itália e Rubi, entrando a Niagara, mais o cultivo da batata, soja e feijão. Tão igual hoje, quanto o cinema ali na Praça estava tão igual naquele ano.
A maioria de nós contava dez a menos de idade e quem nasceu nesse ano já joga futebol pelos infantis e dentes-de-leite, ou outro esporte qualquer. Eu não jogo mais nenhum, só Candy Crush, que não existia, como o Postal que não existia e foi criado, fez diferença, vem fazendo, está fazendo e continuará fazendo.
Precisamos dar os Parabéns ao Casal e também agradecê-los pela ousadia, pela perseverança e pelo exercício diário, semanal, na crença de que o Jornal tem que sair e retratar o momento que a cidade vive e o pé em que se encontra. Faço parte da metade dessa jornada, mas me orgulho da jornada toda. Assim pessoal, nesta segunda brava de cinco de dez de quinze, caminho até o quinze de dez de quinze, para efusivamente abraçar o Miguel e a Verinha pelo fantástico trabalho que estão realizando. Abraços e reiterados parabéns!
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