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Cronicas-->2001 - Bate o Pé -- 25/09/2015 - 14:07 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Legalmente Loira é um filme de dois mil e um, algumas vezes assistido por mim, que sei de cor e salteado. Uma das cenas que gosto e uso para determinadas situações é aquela no bebedouro do Tribunal, quando a Elle Woods, advogada no filme, vai tomar água e é suplantada na fila pelo personagem do lavador de piscinas, todo cheio de loisas e coisas. Nesse momento, ela fica batendo o pezinho direito e ele diz: Não bate esse sapatinho Prada para mim e depois tudo se desenrola. No Google, Legally Blonde.

Para mim, o que uso da cena é a vontade em demonstrar a autonomia e ponto de vista, aliados a uma certa impaciência. No filme deu resultado, mas na maioria das vezes e na vida real, não dá e prova sou eu; quando bato meu pezinho quarenta e três, perco todas. Não sei porque insisto. Ontem, numa reunião de trabalho com um assunto urgente a ser resolvido, por não ter sido pensado no todo antes, deparei-me com pezinhos a baterem. Quase suficientes para um bom desfile de samba. Como não era samba, nem sapateado, imobilizei-os, não sem antes ser fuzilado por olhares não piscantes.

Ai Bate o Pé, Bate o Pé, Bate o Pé, faça assim como eu. Ai Bate o Pé... Nessa caso, bater o pé só é bom para o Roberto Leal, com a sua música Bate o Pé, grande sucesso seu e ele ensina a dançar o fado. Mais sucesso de bater o pé, com Rio Negro e Solimões e a música de mesmo nome Bate o Pé: Alô, galera, bate a mão e bate o pé, e bate o pé, e bate o pé. Alô galera... Quanto bate o pé nessas músicas e são dançantes.

No entanto, o meu bater de pezinhos tem outra conotação e da internet acrescento “Qd vc é irredutível, teimoso e tals, tá batendo o pé.” mais esta: “Dependendo do contexto a pessoa ficou brava, ficou arredia...” e esta: “Ficou nervosa, deu ponto e saiu.”. A definição que mais gostei é que bater o pé significa ser intransigente. Pronto, já sei porque perco todas, é a minha intransigência. Será, um pouco sim.

Num site qualquer achei esta discussão, sobre o tema, misturando inglês e português: “Cristiano Ronaldo stamps his feet and say never go back to Manchester United. Não conheço a expressão bater o pé no sentido que você explicou. Bater o pé, para mim, é usado no sentido de se opor a alguma coisa, exigir uma mudança, insistir em uma ideia. Minha sugestão é put your foot down. Stamp your feet é usado apenas no sentido literal/físico e não cabe no exemplo dado.”.

Já tem tempo que debato esse assunto com uma pessoa experiente no tema e ela me ensina que, numa negociação não devemos piar primeiro e bater o pé é sempre piar primeiro. Entenderam a importância do pio e do pé se mantiverem nos seus devidos lugares; mas que coisa não, o que mais acontece é que ambos se soltam facinho, facinho. Ontem, foi bem duro coloca-los de volta ao cercadinho necessário, fora que os passarinhos queriam piar de todo jeito. Já tive época de achar isso saudável. Não acho mais, perda de tempo.

Depois da reunião, passei orientação a um dos participantes e pedi uma reflexão sobre o acontecido, os bate-pés. Recebi esta: “Em muitos casos se faz necessário deixar o instinto de defesa e até o conceito de independência de lado, tendo a humildade de perguntar e de buscar informações, visando atingir objetivos comuns.”. Muito pertinente, não acham...

Agora dá para imaginar que o Roberto Leal e os Rio Negro e Solimões devem ter feito um sucessão lá em Brasília, nas lides políticas, porque esse pessoal gosta mesmo de bater os pés, os pezinhos, a dois ou de quatro, não importa é muita batição de pés e nóix, ó e ó... E eu, nesta sexta, vinte e cinco de nove de quinze, despeço-me sem um pio e nem uma batidinha de pé nenhum.



 


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