O ato de escrever tem raízes nas profundezas do inconsciente, de nossas percepções e de nossos sentimentos. Quando transbordam nas nossas entranhas, os dedinhos da alma se tornam graciosas borboletas dançando delicadezas entre a pluma e o teclado, hinos que denunciam o mal e clamam por justiça, preces que louvam o Amor, sorrisos e lágrimas de agradecimento, saudade ou tristeza, questões e apelos ao sentido da existência.
Fruto ou flor da mais íntima individualidade , cada verso traz em si o sabor e o perfume do olhar do autor: as palavras escolhidas e a maneira de estruturá-las transportam à sua indelével presença, como totalidade ou em suas mais secretas características, exprimindo-o qual freqüência única da inesgotável gama de vibrações cósmicas de que nossos textos são eco e reflexo.
In Revista LeReLeR-LiReLiRe setembro 2003 |