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Cartas-->CARTA À AMIGA E MESTRA ELIANE-sobre a obra DIREITO MARÍTIMO -- 19/03/2008 - 22:40 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Brasília, 19 de março de 2008

CARTA À AMIGA E MESTRA ELIANE

(Sobre a obra de sua autoria - Curso de Direito Marítimo, Editora Manole, São Paulo, 3ª edição, 2008)

O advogado é uma das colunas de sustentação da Justiça, o arauto do direito e da liberdade.

O advogado exerce um sacerdócio. Necessita ele da mais ampla e irrestrita liberdade e independência, para operar seu ministério.
O obscurantismo consegue impedir a caminhada ou o progresso do homem, por algum tempo, mas não para sempre


Minha querida e ilustre mestra e amiga Eliane

I

Ler
um livro é partir para o até então mundo desconhecido, conviver com acontecimentos, até então estranhos, e conhecer um pouco do autor, o criador daquele universo, que era só dele e passou a pertencer também ao leitor, antes um intruso, um estrangeiro, que de agora em diante compartilha e às vezes determina o rumo e recria em sua mente e em sua imaginação um novo e fascinante espaço - tempo, fazendo estremecer a sólida rocha de seus encantos, com novas interpretações ou vontade de fazê-lo, ou, como no caso da sua obra, diferente sob todos aspectos, participar da mesma criação e das mesmas idéias, louvando-as, aplaudindo-as e segui-las.
Eis
o poder de um artista, de um escritor, de um estadista, de um cientista do direito, de um poeta, de um artífice da palavra, de um artesão ou de um ourives da imaginação e da inteligência, o arquiteto de um diálogo, de fatos, teses e, porque não, de novos caminhos e mundos, navegando pelas galáxias da imaginação.
E
Livros, que eu saiba, não dão dinheiro, pelo menos para mim ou para o João Ubaldo Ribeiro, que escreveu há algum tempo, no Estadão (vale a pena saborear seu escrito), uma preciosa crônica, de extrema atualidade, “Eu quero meu cemildola”.Não obstante, quando não se sabe fazer outra coisa, vale mesmo a pena escrever, não importa se dê dinheiro ou não. Se dá prazer, pronto!!! E quando, além do prazer, é uma necessidade do espírito, então, não há outra coisa a fazer, senão, escrever! Escrever! Escrever!...

Quando se tem à mão uma obra que, de imediato, atinge os sentimentos, a alma e o intelecto, o prazer da leitura atinge os píncaros.

II
PREAMBULARMENTE,

Gostei da dedicatória a seu filho e a seu pai, assim como a seus irmãos e a seus amigos. É gratificante.
Não menos gratificante é a homenagem que você prestou à sua mãe e a seus tios, não se esquecendo de seus amigos e dos oficiais da Marinha. Demonstra a sensibilidade de sua alma gentil e meiga.
Não é preciso dizer que o Rucemah, o grande artista do Congresso que conquistou a todos por sua erudição, alegria juvenil e simpatia, também faz parte dos seus homenageados. É lindo ler de uma docente, querida e culta, palavras tão doces.
A apresentação do preclaro professor Carbone, que tive o prazer de conhecer, pessoalmente, demonstra com exatidão a importância de sua obra, no momento em que velhos tabus são postos à prova, Suas palavras dizem tudo: “A excelência deste Curso de Direito Marítimo, volume I, nos deixa na ansiosa expectativa de sua continuação; que venha, logo, o volume II”.
O prefácio do Professor Welber é uma análise precisa de uma obra que, já na terceira edição, mostrou para que veio.

III

Recebi, com muita satisfação, o Curso de Direito Marítimo, que não só enriquecerá minha biblioteca, como já o elegi meu livro de cabeceira por sua importância e atualidade, como uma obra clássica, desde a sua gênese.
Aliás, estava ansioso e a demora em recebê-lo apenas me tornou mais curioso, embora já conhecesse seus trabalhos, o que me deixava mais aflito, pois não via a hora de tê-lo para me assenhorear cada vez mais de uma área quase desconhecida para mim, mas que me cativou desde o momento que você, minha amiga, fez-me “estudar e estudar muito” o direito marítimo, ao intimar-me para proferir palestra sobre tema até então desconhecido e raro para mim! E que, afinal, adorei.

IV

Mal recebi o livro, resolvi ingressar, neste mundo diversificado e distinto, cujo título por si só clama por sua leitura imediata e, desde a primeira até a última página, alegra e encanta o leitor, com as mil e umas articulações e bailados das palavras e idéias que, com o pincel do jurista, transporta-o para aquele mundo curioso da especulação e da lição fácil e agradável.
Pretendia, na verdade, fazer, antes, uma leitura dinâmica, uma corrida sem parada, para somente depois ler com mais vagar.
Pura ilusão! Ledo engano!
As palavras começaram a prender-me. As imagens que se formavam em meu cérebro, o universo que se criava, cada vez mais, exigiam concentração e dedicação, sem pré – condições, impedindo “a viagem marota da leitura dinâmica” e, então, lembrei-me dos meus velhos mestres Siqueira Ferreira, Goffredo, Almeidinha, Basileu, Reale, Marotta Rangel, Arrudinha, Alfredo Buzaid, Amaral Santos e tantos outros (faz tanto tempo! Ponha tempo nisso!), que ornaram a velha e sempre nova Academia do Largo de São Francisco, com o seu gênio criador, cultura e verve. E no mesmo momento vieram-me à mente Waldemar Ferreira, magnífico comercialista, que até já discursava sobre o direito marítimo, e o autor da antiga Lei de Falências, Sílvio Marcondes.
A leitura de sua obra encantou-me, de imediato, com essa deliciosa caminhada, pela estrada (ou pelo oceano!) do direito marítimo, que cativa, desde o primeiro momento, todo estudante de direito, pela sua atualidade e novidade, para a maioria dos estudantes. E o tema, então, é dos mais significativos. Faz-nos navegar pelo oceano azul e profundo..., misterioso... E não é que você me fez navegar por três dias inesquecíveis, em companhia de pessoas maravilhosas que jamais esquecerei. Ainda mais que estava com minha namorada de sempre e nessa data completava mais um aniversário de feliz união. Vou deixá-la na dúvida e somente direi quantos anos faz, se você insistir... Num próximo capítulo, direi, com a aquiescência da minha bem amada.
Sua obra não fica, pois, nada a dever aos notáveis, por sua profundidade, clareza e precisão cirúrgica, permitindo ao estudante, quase neófito, ao advogado, ao magistrado, ao estudioso e ao profissional do direito, integrar-se no seu mundo e dele participar, intensamente.
Você não se satisfaz com mera exposição, penetra a fundo na temática e desenvolve-a com desenvoltura, transformando a obra, desde já num clássico e fonte obrigatória de consulta.
Nesse ambiente vibrante e polivalente, reencontro-me neste labirinto misterioso criado pela autora (você), que, no primeiro momento, assustou-me pela temática, mas não me decepcionou pela forma, conteúdo e novidade.
Deste modo, desbastando a pedra bruta, revelou as sombras ocultas das palavras e a sua alma de escritora e jurista, para deleite de seus leitores, já agora, seus admiradores, e desvenda o jogo das palavras e a magia, com que fantasia essas mesmas expressões.
Por isso, minha cara amiga, a responsabilidade do escritor é muito grande e, quando ele consegue transmitir a mensagem, é sinal de que atingiu o objetivo. E, certamente, você o fez.
Afinal, o escritor, o poeta e o compositor têm um pouco de cada ser humano e, da síntese, ele produz sua obra. E quando o escritor ou o poeta escreve, seu espírito começa a divagar, desgarra-se do corpo e inicia a caminhada fascinante. Envolto de desafios, ingressa no mundo fantástico do sonho, do devaneio. E você bem sabe, escrever é uma arte e uma necessidade. Faz parte do dia a dia do escritor e do poeta.
Realmente, o escritor desempenha papel importante, pois com sua pena (ou, já agora, com seu computador) marca os melhores e até os piores instantes vividos pelo ser humano, na Terra. Isto se aplica também aos escritores das ciências.


Parabéns.
Receba o meu afetuoso abraço e obrigado pela lembrança.


Leon Frejda Szklarowsky:.

P.S.: Você fica a me dever o autógrafo que é muito valioso.

Sugiro fazê-lo em folha à parte que eu colarei, com imenso prazer, na primeira página. Que tal a idéia?

Leon
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