Noites em Istambul
Quando fecho os olhos e respiro fundo, toda a mágica envolve o instante...
Imagens esfumaçadas, o cheiro das especiarias, um quê de mistério chega a gelar...
O corpo se arrepia.
Luzes sobre o mar Mármara refletem as construções milenares, refletem bares, refletem a Religião...
Ouço a música ...
Vejo a dança...
Do alto vejo casas, os telhados iguais.
O vento já avisa o inverno.
Folhas em forma de arabescos caem preguiçosas...
Por um momento vejo Constantinopla! Os palácios... os haréns...a riquesa consturída por mãos primorosas...
A história inscrita nos pequenos quartos repletos de desejos, instintos...
Homens e mulheres trocam olhares desconfiados
Há respeito, há submissão, mas há alegria, vibração, convite para aventurar-se!
Por que não?
Ah! Istambul sempre imponente!
Tuas auroras interrompidas pela prece do amanhecer.
Tudo respira mistério...
Tudo inspira paz.
O velho e o novo convivem mas nunca perderás a imponência.
Curvo-me a ti com saudades ...
Sei que permaneces linda, assustadora, majestosa.
Bell Yarkshan
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