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Cartas-->Três cartas abertas de Peña Esclusa sobre as FARC -- 04/03/2008 - 11:26 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Três cartas abertas de Fuerza Solidaria sobre as FARC

por Alejandro Peña Esclusa (*) em 04 de março de 2008

Resumo: Um dos principais líderes da oposição venezuelana se posiciona sobre os recentes acontecimentos envolvendo o governo Chávez e o Foro de São Paulo.

© 2008 MidiaSemMascara.org


Senhor,

Dr. Álvaro Uribe Vélez

Presidente da República

Palácio de Nariño

Bogotá, Colômbia

Por meio da presente, desejamos felicitar seu governo e o povo colombiano pelo êxito militar obtido, ao abater destacados chefes guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Como é sabido, as FARC não somente cometem crimes na Colômbia como seqüestram, assassinam e extorquem cidadãos venezuelanos em nosso próprio território.

Aproveito para reiterar-lhe que, embora o povo venezuelano aplauda qualquer iniciativa humanitária que conduza à libertação de seqüestrados, também rechaça os vínculos entre o Sr. Hugo Chávez e as FARC, sua grosseira intromissão nos assuntos internos da Colômbia, e os injustificados ataques contra seu governo.

Muito atenciosamente,

Alejandro Peña Esclusa

Presidente de Fuerza Solidaria


*

Carta aberta às Forças Armadas do Equador

Caracas, 2 de março

Em declarações dadas ontem à noite, o presidente Rafael Correa condenou o ataque militar colombiano contra destacados chefes das FARC, por haver-se realizado em território equatoriano. Correa praticamente ameaçou em ir à guerra por considerar que esta foi “a pior agressão que o Equador sofreu por parte da Colômbia”.

Embora seja certo que nenhuma nação pode incursionar em território de outra, em certos casos existem atenuantes que se podem dirimir amigavelmente através de canais diplomáticos. Este é – definitivamente – um desses casos, posto que trata-se de uma ação contra uma organização narco-terrorista que comete crimes não somente na Colômbia, como também no Equador.

A reação injusta e desproporcional de Correa deve-se a que – nesta oportunidade – ele não está atuando como Chefe de Estado mas como membro do Foro de São Paulo, organização à qual também pertencem às FARC, o ELN e Hugo Chávez. Quer dizer, Correa atua como camarada das FARC e não como Presidente.

Resulta revelador que a atitude bélica de Correa tenha se manifestado depois de haver falado telefonicamente com Chávez, que – imprudentemente – confessou publicamente haver-lhe dado indicações sobre como reagir. Sem dúvida, Correa está seguindo instruções de Chávez.

Se Correa insiste em levar o povo equatoriano a uma guerra, só para defender os interesses de seus sócios narco-terroristas, considero dever das Forças Armadas equatorianas impedi-lo, desconhecendo suas ordens ilegítimas.

Embora seja cidadão venezuelano, me atrevo a dirigir-me aos senhores nestes termos porque Chávez está intervindo flagrantemente nos assuntos internos do Equador, como já fez antes, ao apoiar abertamente a candidatura de Correa. É importante destacar que Chávez atua em nome próprio e não em representação do povo venezuelano.

Aproveito a oportunidade para manifestar-lhes meus melhores desejos, extensivos ao povo irmão do Equador.

Alejandro Peña Esclusa

Presidente de Fuerza Solidaria


*

Carta aberta ao presidente da França, Nicolás Sarkozy

Senhor,

Nicolás Sarkozy

Presidente da República

Paris, França

Caracas, 1º de março

Em um comunicado emitido hoje, o senhor critica veladamente o governo colombiano por haver abatido o chefe guerrilheiro Raúl Reyes. Segundo o comunicado, o senhor implica que devem suspender-se as ações militares enquanto se negocia a libertação dos seqüestrados.

Embora compartilhemos sua preocupação pelo bem-estar dos seqüestrados, nos surpreende sua solicitação. Basta revisar superficialmente a história da França, particularmente durante o período da Segunda Guerra Mundial, para se dar conta de que, quando se trata de assassinos desalmados – como é o caso dos nazis e das FARC – as negociações devem ser paralelamente acompanhadas com ações de força, a fim de obrigar o adversário a ceder.

Pelo contrário, quando se submete submissamente uma nação à vontade de inimigos inumanos para obter supostas vantagens – como fez o Marechal Philippe Pétain com os nazis –, perde-se a negociação e também a guerra.

Em resumo, digo-lhe o seguinte: não existe nenhuma diferença entre os nazis e as FARC, e o senhor comete os mesmos erros de Pétain, porém pior, porque além de apregoar sua política colaboracionista, se imiscui nos assuntos internos de outra nação.

Aproveito para reprovar sua insistência na mediação de Chávez com as FARC, posto que o comandante venezuelano não é um árbitro imparcial, senão um aliado da guerrilha colombiana que busca desestabilizar o presidente Uribe, fortalecer politicamente as FARC e obter reconhecimento internacional, para seguir subjugando o povo venezuelano.

Atenciosamente,

Alejandro Peña Esclusa

Presidente de Fuerza Solidaria


Tradução: Graça Salgueiro


(*) O autor é engenheiro mecânico, formado pelo Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional. Atualmente é Presidente da associação civil Fuerza Solidaria – www.fuerzasolidaria.org.


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