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Textos_Religiosos-->60 anos da Declaração dos Direitos Humanos -- 28/10/2008 - 16:47 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
60 anos da Declaração dos Direitos Humanos, um desafio comum

Embaixada dos EUA no Vaticano celebra aniversário do documento da ONU

Por Elizabeth Lev

ROMA, domingo, 26 de outubro de 2008

ZENIT.org

Este outono no hemisfério norte, os romanos ceifam uma colheita maior do que a habitual de uvas e azeitonas. A semente plantada há 60 anos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, e seus frutos foram tema de uma série de conferências organizada pela Embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé.

O fórum, intitulado «Para todos, em toda parte: os direitos humanos universais e o desafio da diversidade», foi realizado no Instituto Maria Santíssima Bambina, dia 16 de outubro. O evento contou com a participação de bispos, embaixadores, professores e estudantes, num ambiente notável de conferencistas.

Enquanto a Declaração floresceu ao longo dessas seis décadas, sua implantação parece difícil de se conquistar em algumas partes.

Bento XVI, no seu histórico discurso nas Nações Unidas, assinalou algumas ameaças que pesam sobre o documento em nosso tempo, e também a necessidade de fertilizar suas bases.

A embaixadora dos EUA na Santa Sé, Mary Ann Glendon, respondendo ao convite papal de reavaliar o projeto dos direitos humanos do pós-Segunda Guerra, hospedou a conferência.

A teórica política Jean Bethke Elshtain, da Universidade de Chicago, explicou como a universalidade da Declaração tem sido posta em questão nas últimas décadas tanto por aqueles que se referem para ela como «um documento ocidental», pertinente apenas para o pensamento e as atitudes dos que tiveram influência européia no mundo, e também pelos grupos de interesses dentro do próprio Ocidente que fragmentaram o documento.

Ambos os grupos, explica Elshtain, ignoraram a fundamental compreensão da dignidade da pessoa humana, a maior contribuição da doutrina social católica para a criação da declaração.

O cenário da próxima conferência foi preparado por um belíssimo vídeo produzido pela embaixada, com imagens do momento histórico de 10 de dezembro de 1948, quando foi aprovada a Declaração pela assembléia geral da ONU.

O vídeo apresentou os membros da ONU que integraram a primeira Comissão dos Direitos Humanos. A embaixadora Glendon rendeu então homenagem àquela «grande geração» de diplomatas que serviram na comissão, liderados por Eleanor Roosevelt. Ela descreveu a adoção da Declaração sem um único voto contrário como alguma coisa de milagre, dada a diversidade cultural dos 18 membros da comissão e o difícil campo político em que eles tinham de trabalhar.

As relações entre Rússia e o Ocidente foram deteriorando rapidamente, explicou a embaixadora Glendon, e conflitos irromperam na Palestina, Grécia, Coréia e China. Apenas 8 dos 58 Estados membro abstiveram: Arábia Saudita, África do Sul e seis membros do bloco soviético.

Apesar da Guerra Civil Chinesa ter levado ao nascimento da República Popular da China um ano após a adoção da Declaração, um dos principais autores do documento foi um delegado chinês, o filósofo confucionista P`eng ch`un Chang.

Notavelmente, René Cassin, um judeu francês que defendeu o Estado de Israel, e o delegado libanês Chales Malik, principal porta-voz da Liga Árabe naquela altura, conseguiram encontrar um terreno comum para trabalhar proveitosamente juntos.

Fruto da sabedoria de muitas culturas e do trabalho de diferentes mãos, e aceita por 48 nações, a Declaração foi considerada certamente universal quando adotada. Que tem sido de sua habilidade de falar a todos os homens?

A embaixadora Glendon assinalou que certos regimes autoritários começaram a lançar a acusação de «imperialismo cultural ocidental» sobre o projeto dos Direitos Humanos. Ela considera que essas acusações foram seguidas, ironicamente, por esforços do Ocidente na formulação dos interesses especiais de suas agendas em termos de direitos humanos.

«Quanto mais o projeto dos direitos humanos mostrou sua força em lugares como a África do Sul e o Leste Europeu», disse Glendon, «mais intensos se tornaram os esforços de capturar seu prestígio para vários fins, sendo que nem todos eram respeitosos da dignidade humana».

Ela insistiu em que os participantes comemorem este importante aniversário com a leitura séria do documento. Cópias do texto foram distribuídas aos presentes no evento.

Os apontamentos de Glendon foram seguidos por um painel excepcional de oradores, o professor Hsin-chi Kuan, da universidade de Hong Kong, Habib Malik, filho do delegado da ONU Charles Malik e professor na Universidade Libanesa Americana em Beirute, o embaixador do Japão na Santa Sé, Kagefumi Ueno.

As intervenções enfatizaram, ilustrando com situações passadas e presentes, que há uma base universal para a noção de direitos humanos. As contribuições do cardeal Renato Martino e da professora Janne Matlary ajudaram a refletir sobre a Declaração no âmbito do pensamento social católico.


Elizabeth Lev ensina arte e arquitetura cristã no campus italiano da Universidade de Duquesne.


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