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cronicas-->1972 - Realidade -- 21/06/2015 - 20:12 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

P. S. I Love You, filme com Hilary Swank e Gerard Butler, que já assisti por inteiro e por partes; quando estou zapeando e o encontro, paro um pouco, ou tudo. Uma história açucarada de amor, própria para um domingo à tarde. Sem querer contar o filme, numa das cenas, Holly diz ao Gerry que iria embora, pois se ficasse a realidade nunca mais seria a mesma que eles conheciam.
Gostei da cena e da frase: “Adeus, se eu ficar, nossa realidade nunca mais será a mesma” e saiu andando pela estrada rural de um lugar qualquer da Irlanda, cuja moldura, de sol e frio e pedras, tinha tudo a ver. Depois as cenas se seguiram e só assistindo para saber se a realidade foi modificada.
Como saber se neste instante não estamos contribuindo para mudar a nossa realidade de amanhã segunda. Somente na terça, ou na quarta, ou lá na frente, ou quando... Como uma jovem, cujo amor de uma vida estaria na Praça e ela resolveu ficar em casa, lendo um livro de amor. Teve romance de papel, mas não teve de verdade, só que jamais saberá. Não sei dizer onde está o amor, para indicar o que é tarefa do coração de cada um.
Em setenta e dois, quando entrei naquele almoxarifado para começar a trabalhar com kardex; antigo que só, hein gente. Preciso dessa antiguidade, para dizer como a minha realidade começou a modernizar-se, trazendo-me ao hoje. E aqui ao meu lado, digitando no celular, dou o nome dela – Edna. Entretanto, não foi fácil, naquele dia ela apenas me resvalou e escondeu a nossa empatia, ficando só com a minha antipatia. Olhares poderosos sobrepujaram tudo e nossa realidade mudou para o universo de nossas vidas, sete meses após. Ainda bem que fiquei e fui ficando até... Oi, me dá um beijo!
Ontem, almocei com meu filho Guilherme, pelos seus trinta e três anos, cada ano uma alteração na nossa realidade. Foi no Pobre Juan, que sabe realizar um doce de leite e uma carne, tão boa como deve ser. E olha uma realidade nova, o WhatsApp. Acabei de combinar com a Lígia um almoço aqui em casa. Lígia tem dois anos mais de mudanças da minha nossa realidade.
Sendo mais frio e administrativo, a jovem que não foi à Praça, pode ser estudada numa matéria de faculdade, e estudei, chamada de Custo de Oportunidade. E custo de oportunidade é o que você paga por ter deixado um caminho e escolhido outro. Ao escolher o livro, ela pagou não ter o amor de sua vida. Porém não sabe o preço pago. Mesmo de mim, a escolher uma situação amanhã, que, certamente, mudará a minha disposição ao futuro. Por mais conta que eu faça, não terei ideia do preço certo, só um pouco aproximado.
Encontrei uma pessoa, quarta passada, e tive a certeza de que mudanças provocadas de realidade são necessárias. Continuando, terá o mesmo de muito mais, quando precisa de menos do mesmo muito mais. As pessoas da situação de amanhã, poderão mudar a realidade que eu conheço, mas ando precisado de pílulas do desconhecido.
Realidade é verdade, que realmente existe, fato real e o conjunto das coisas e fatos reais, que nos envolve. Substantivo feminino a opor-se à fantasia, ficção, quimera, ao simulacro, à mentira. Cuidado com a mentira, sua e dos outros, a constituir a sua vida, porém não sua realidade. Uma mentira bem contada não se constitui numa verdade e a soma das mentiras vira lenda e lenda é lenda, não é a realidade. Só que ambas as verdade e ou mentira, podem mudar uma realidade, ou a sua realidade, que você conhece. Cuidado seria o que escrever e dizer – Cuidado!
Neste domingo, vinte e um de seis de quinze, ao som de Dean Martin, cuja voz e talento foram reais e mudaram realidades, despeço-me com Everybody Loves Somebody Sometime, todo mundo ama alguém em algum momento.
 

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